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Escritora tibetana Tsering Woeser está proibida de deixar a China

Ela foi escolhida para receber o prêmio anual do Departamento de Estado americano às mulheres de todo o mundo que demonstram coragem, abnegação e que defendem os direitos humanos

postado em 08/03/2013 12:32
Pequim - Uma poetisa tibetana anunciou nesta sexta-feira (8/3) que as autoridades de Pequim negaram um passaporte e, por este motivo, ela não poderá receber um prêmio concedido pelo governo americano. Tsering Woeser, uma das vozes mais críticas sobre a presença chinesa no Tibete, foi escolhida para receber o prêmio anual do Departamento de Estado americano às mulheres de todo o mundo que demonstram coragem, abnegação e que defendem os direitos humanos.

[SAIBAMAIS]O prêmio será entregue nesta sexta-feira (8) em Washington na presença do secretário de Estado americano, John Kerry e da primeira-dama Michelle Obama. Tsering Woeser foi privada do passaporte, segundo ela, por motivos de "segurança nacional".



Ao negar-se a entregar o passaporte, a China "delata sua fragilidade", explicou Woeser. O governo da China denunciou a atribuição do prêmio a Tsering Woeser como uma "interferência" em seus assuntos internos.

"Atribuindo uma recompensa a uma pessoa assim, os Estados Unidos proporcionam apoio público a suas reivindicações separatistas", declarou Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa. Esta postura recorda a que foi adotada por Pequim em 2010 por ocasião do Prêmio Nobel da Paz ao dissidente e intelectual Liu Xiaobo, que, desde 2009, cumpre uma pena de 11 anos de prisão.

Na época, Pequim também criticou o Comitê Nobel por uma "interferência injustificável" em seus assuntos internos.

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