Agência France-Presse
postado em 09/03/2013 09:30
Cairo - Um tribunal do Cairo pronunciou neste sábado (9/3) penas de prisão para as pessoas julgadas por uma tragédia ocorrida após uma partida de futebol no ano passado na cidade de Port Said (nordeste do Egito) e confirmou as condenações à morte decididas em janeiro contra outros acusados no mesmo caso, em uma sentença que pode provocar novos atos violentos.
Estes veredictos podem provocar novos distúrbios e o ambiente era tenso em Port Said, cidade de origem da maioria dos acusados e onde a primeira sentença provocou confrontos mortais nas últimas semanas.
Muitas lojas da cidade fecharam diante do temor de novos confrontos e centenas de manifestantes irados marchavam em direção ao canal de Suez, junto ao qual a cidade está situada. No porto estavam estacionados os tanques do exército.
No Cairo, a sede da Federação egípcia de futebol e parte de um clube da polícia foram incendiados após a divulgação da sentença. Os bombeiros tentavam apagar as chamas que se propagavam pelo edifício da federação, situado no mesmo bairro que o clube da polícia.
O juiz confirmou as penas de morte pronunciadas em janeiro contra 21 pessoas julgadas neste caso, que envolve um total de 73 acusados.
Entre as outras 52 pessoas julgadas neste sábado, cinco foram condenadas à prisão perpétua, dez a 15 anos de prisão, nove a entre um e 10 anos de prisão e 28 foram absolvidas.
Leia mais notícias em Mundo
Em fevereiro de 2012, os distúrbios que ocorreram após uma partida de futebol disputada em Port Said entre a equipe de futebol local As-Masry e um time do Cairo, o Al-Ahly, deixaram 74 mortos.
Este incidente, o mais mortífero do futebol egípcio, ocorreu depois que o Al-Masry venceu, quando centenas de seus torcedores invadiram o campo de futebol agredindo os atletas e os torcedores do Al-Ahly.
Dois policiais condenados a 15 anos
A polícia foi culpada por sua passividade e muitos egípcios pensam que partidários do presidente deposto Hosni Mubarak instigaram esta tragédia para reavivar as tensões no país.
Dos nove policiais acusados, dois foram condenados a 15 anos de prisão. Trata-se do general Isam Samak, ex-chefe da segurança em Port Said, e do general de brigada Mohamed Saad, que no momento dos incidentes tinha as chaves das portas do estádio, que estavam fechadas. Os outros sete policiais foram absolvidos.
Após o veredicto de janeiro, os manifestantes atacaram os edifícios das forças de segurança em Port Said e os confrontos com a polícia deixaram mais de 40 mortos, o que obrigou Mursi a mobilizar o exército para apoiar a polícia.
Posteriormente, a polícia se retirou e o exército tomou o controle de grande parte de seu trabalho na cidade.
No dia 3 de março em Port Said foram retomadas as manifestações violentas, após o anúncio da transferência de 39 dos acusados, entre os quais estavam os nove policiais e os três responsáveis do clube Al-Masry. Durante a madrugada de sexta-feira, um manifestante morreu e mais de 70 ficaram feridos durante os confrontos com a polícia nesta cidade, disse um médico.
Estes distúrbios aumentaram a tensão no Egito, que vive uma transição política caótica marcada pela violência, dois anos depois da queda de Hosni Mubarak e cerca de nove meses após a eleição do islamita Mohamed Mursi, muito questionado por parte da população.
O chefe da polícia antidistúrbios do Egito foi destituído na sexta-feira devido a uma greve sem precedentes entre os policiais, que denunciam a falta de meios para trabalhar e que consideram que pagam o preço dos conflitos políticos.
Estes veredictos podem provocar novos distúrbios e o ambiente era tenso em Port Said, cidade de origem da maioria dos acusados e onde a primeira sentença provocou confrontos mortais nas últimas semanas.
Muitas lojas da cidade fecharam diante do temor de novos confrontos e centenas de manifestantes irados marchavam em direção ao canal de Suez, junto ao qual a cidade está situada. No porto estavam estacionados os tanques do exército.
No Cairo, a sede da Federação egípcia de futebol e parte de um clube da polícia foram incendiados após a divulgação da sentença. Os bombeiros tentavam apagar as chamas que se propagavam pelo edifício da federação, situado no mesmo bairro que o clube da polícia.
O juiz confirmou as penas de morte pronunciadas em janeiro contra 21 pessoas julgadas neste caso, que envolve um total de 73 acusados.
Entre as outras 52 pessoas julgadas neste sábado, cinco foram condenadas à prisão perpétua, dez a 15 anos de prisão, nove a entre um e 10 anos de prisão e 28 foram absolvidas.
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Em fevereiro de 2012, os distúrbios que ocorreram após uma partida de futebol disputada em Port Said entre a equipe de futebol local As-Masry e um time do Cairo, o Al-Ahly, deixaram 74 mortos.
Este incidente, o mais mortífero do futebol egípcio, ocorreu depois que o Al-Masry venceu, quando centenas de seus torcedores invadiram o campo de futebol agredindo os atletas e os torcedores do Al-Ahly.
Dois policiais condenados a 15 anos
A polícia foi culpada por sua passividade e muitos egípcios pensam que partidários do presidente deposto Hosni Mubarak instigaram esta tragédia para reavivar as tensões no país.
Dos nove policiais acusados, dois foram condenados a 15 anos de prisão. Trata-se do general Isam Samak, ex-chefe da segurança em Port Said, e do general de brigada Mohamed Saad, que no momento dos incidentes tinha as chaves das portas do estádio, que estavam fechadas. Os outros sete policiais foram absolvidos.
Após o veredicto de janeiro, os manifestantes atacaram os edifícios das forças de segurança em Port Said e os confrontos com a polícia deixaram mais de 40 mortos, o que obrigou Mursi a mobilizar o exército para apoiar a polícia.
Posteriormente, a polícia se retirou e o exército tomou o controle de grande parte de seu trabalho na cidade.
No dia 3 de março em Port Said foram retomadas as manifestações violentas, após o anúncio da transferência de 39 dos acusados, entre os quais estavam os nove policiais e os três responsáveis do clube Al-Masry. Durante a madrugada de sexta-feira, um manifestante morreu e mais de 70 ficaram feridos durante os confrontos com a polícia nesta cidade, disse um médico.
Estes distúrbios aumentaram a tensão no Egito, que vive uma transição política caótica marcada pela violência, dois anos depois da queda de Hosni Mubarak e cerca de nove meses após a eleição do islamita Mohamed Mursi, muito questionado por parte da população.
O chefe da polícia antidistúrbios do Egito foi destituído na sexta-feira devido a uma greve sem precedentes entre os policiais, que denunciam a falta de meios para trabalhar e que consideram que pagam o preço dos conflitos políticos.