Agência France-Presse
postado em 09/03/2013 11:24
Nairóbi - Uhuru Kenyata, acusado de crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), foi eleito presidente do Quênia no primeiro turno das eleições com 50,07% dos votos, anunciou oficialmente a Comissão Eleitoral Independente (IEBC). Uhuru Kenyata anunciou que trabalhará com seus rivais, prometendo cooperar com a comunidade internacional.
Kenyata, filho de Jomo Kenyata, primeiro presidente do Quênia após sua independência, entre 1964 e 1978, será o quarto chefe de Estado queniano quase 50 anos depois da chegada de seu pai ao poder.
"Uhuru Kenyata obteve (...) 50,07% (dos votos) dos eleitores. Portanto, declaro Uhuru Kenyata presidente devidamente eleito da República do Quênia", declarou o presidente da IEBC, Ahmed Isack Hasan.
O atual primeiro-ministro, Raila Odinga, anunciou que contestará sua derrota na justiça, mas pediu que seus seguidores mantenham a calma.
O filho de Jomo Kenyata, primeiro presidente do Quênia após sua independência, entre 1964 e 1978, será o quarto chefe de Estado queniano quase 50 anos depois da chegada de seu pai ao poder.
"Uhuru Kenyata obteve (...) 50,07% (dos votos) dos eleitores. Portanto, declaro Uhuru Kenyata presidente devidamente eleito da República do Quênia", declarou o presidente da IEBC, Ahmed Isack Hasan.
Neste sábado, o premier denunciou grandes irregularidades nas eleições de segunda-feira, mas ressaltou que "agora a violência pode destruir este país para sempre". Há cinco anos, a derrota de Odinga desencadeou sangrentos distúrbios.
O presidente eleito assegurou que o Quênia reconhece "suas obrigações" com "as instituições internacionais".
"Reconhecemos e aceitamos nossas obrigações internacionais e seguiremos cooperando com todas as nações e instituições internacionais", declarou Kenyata em Nairóbi, em seu primeiro discurso desde o anúncio de sua eleição, pedindo ao mesmo tempo que a comunidade internacional "respeite a soberania" de seu país.
Os Estados Unidos pediram neste sábado que os quenianos mantenham a calma após a vitória de Kenyata.
"Convocamos energicamente todas as partes e seus partidários a resolverem pacificamente qualquer disputa relacionada com o anúncio de hoje da Comissão Eleitoral Independente no sistema legal queniano, e não nas ruas", disse o secretário de Estado, John Kerry.
O secretário de Estado britânico de Relações Exteriores encarregado da África, Mark Simmonds, exortou "todas as partes a terem paciência e calma, a aceitarem a derrota e a resolver suas divergências na justiça".
O principal adversário de Kenyata, Odinga ficou com 43,28%, com 5.340.546 votos, e já deixou claro que não vai reconhecer o resultado.
Odinga "não reconhecerá o resultado da eleição, contestará os resultados na Suprema Corte", disse à AFP por telefone Salim Lone, seu principal conselheiro.
Odinga, que aos 68 anos registra sua terceira e, provavelmente, última derrota presidencial, considera que "a eleição foi fraudada", mas, ao mesmo tempo, pede que seus "partidários mantenham a calma", acrescentou Lone.
Já Kenyata e seu companheiro de chapa, William Ruto, indicaram em um comunicado que estão "orgulhosos da confiança" do povo do Quênia.
A derrota anterior de Odinga, em dezembro de 2007, mergulhou o país em semanas de violência sem precedentes desde a independência, em 1963, com mais de mil mortos e mais de 600.000 deslocados.
O atual presidente, Mwai Kibaki, de 81 anos, que não se candidatou, venceu com uma pequena vantagem, após um processo eleitoral confuso e muito contestado.
Kenyata foi na época um apoio chave de Kibaki. Ambos pertencem à comunidade kikuyu, a maior do país -e a mais influente economicamente-, com 17% dos 41 milhões de habitantes.
Kenyata é processado por crimes contra a Humanidade pelo TPI por seu suposto envolvimento nos massacres ocorridos há cinco anos e, principalmente, por ter mobilizado o grupo criminoso dos Mungiki para que ajudasse sua comunidade.
O início do processo de Kenyata em Haia acaba de ser adiado de 11 de abril para 9 de julho, devido a "importantes questões" levantadas pela defesa, que acrescentam novos elementos ao caso, segundo o TPI.
"Pouco importa o resultado das eleições. Há um processo judicial independente da política no tribunal e que seguirá adiante segundo as regras do estatuto de Roma", o tratado fundacional do TPI, indicou à AFP Fadi el Abdallah, porta-voz do tribunal.
Kenyata afirmou que, mesmo eleito, irá a Haia para seu julgamento, que poderá durar pelo menos dois meses.
Kenyata, filho de Jomo Kenyata, primeiro presidente do Quênia após sua independência, entre 1964 e 1978, será o quarto chefe de Estado queniano quase 50 anos depois da chegada de seu pai ao poder.
"Uhuru Kenyata obteve (...) 50,07% (dos votos) dos eleitores. Portanto, declaro Uhuru Kenyata presidente devidamente eleito da República do Quênia", declarou o presidente da IEBC, Ahmed Isack Hasan.
O atual primeiro-ministro, Raila Odinga, anunciou que contestará sua derrota na justiça, mas pediu que seus seguidores mantenham a calma.
O filho de Jomo Kenyata, primeiro presidente do Quênia após sua independência, entre 1964 e 1978, será o quarto chefe de Estado queniano quase 50 anos depois da chegada de seu pai ao poder.
"Uhuru Kenyata obteve (...) 50,07% (dos votos) dos eleitores. Portanto, declaro Uhuru Kenyata presidente devidamente eleito da República do Quênia", declarou o presidente da IEBC, Ahmed Isack Hasan.
Neste sábado, o premier denunciou grandes irregularidades nas eleições de segunda-feira, mas ressaltou que "agora a violência pode destruir este país para sempre". Há cinco anos, a derrota de Odinga desencadeou sangrentos distúrbios.
O presidente eleito assegurou que o Quênia reconhece "suas obrigações" com "as instituições internacionais".
"Reconhecemos e aceitamos nossas obrigações internacionais e seguiremos cooperando com todas as nações e instituições internacionais", declarou Kenyata em Nairóbi, em seu primeiro discurso desde o anúncio de sua eleição, pedindo ao mesmo tempo que a comunidade internacional "respeite a soberania" de seu país.
Os Estados Unidos pediram neste sábado que os quenianos mantenham a calma após a vitória de Kenyata.
"Convocamos energicamente todas as partes e seus partidários a resolverem pacificamente qualquer disputa relacionada com o anúncio de hoje da Comissão Eleitoral Independente no sistema legal queniano, e não nas ruas", disse o secretário de Estado, John Kerry.
O secretário de Estado britânico de Relações Exteriores encarregado da África, Mark Simmonds, exortou "todas as partes a terem paciência e calma, a aceitarem a derrota e a resolver suas divergências na justiça".
O principal adversário de Kenyata, Odinga ficou com 43,28%, com 5.340.546 votos, e já deixou claro que não vai reconhecer o resultado.
Odinga "não reconhecerá o resultado da eleição, contestará os resultados na Suprema Corte", disse à AFP por telefone Salim Lone, seu principal conselheiro.
Odinga, que aos 68 anos registra sua terceira e, provavelmente, última derrota presidencial, considera que "a eleição foi fraudada", mas, ao mesmo tempo, pede que seus "partidários mantenham a calma", acrescentou Lone.
Já Kenyata e seu companheiro de chapa, William Ruto, indicaram em um comunicado que estão "orgulhosos da confiança" do povo do Quênia.
A derrota anterior de Odinga, em dezembro de 2007, mergulhou o país em semanas de violência sem precedentes desde a independência, em 1963, com mais de mil mortos e mais de 600.000 deslocados.
O atual presidente, Mwai Kibaki, de 81 anos, que não se candidatou, venceu com uma pequena vantagem, após um processo eleitoral confuso e muito contestado.
Kenyata foi na época um apoio chave de Kibaki. Ambos pertencem à comunidade kikuyu, a maior do país -e a mais influente economicamente-, com 17% dos 41 milhões de habitantes.
Kenyata é processado por crimes contra a Humanidade pelo TPI por seu suposto envolvimento nos massacres ocorridos há cinco anos e, principalmente, por ter mobilizado o grupo criminoso dos Mungiki para que ajudasse sua comunidade.
O início do processo de Kenyata em Haia acaba de ser adiado de 11 de abril para 9 de julho, devido a "importantes questões" levantadas pela defesa, que acrescentam novos elementos ao caso, segundo o TPI.
"Pouco importa o resultado das eleições. Há um processo judicial independente da política no tribunal e que seguirá adiante segundo as regras do estatuto de Roma", o tratado fundacional do TPI, indicou à AFP Fadi el Abdallah, porta-voz do tribunal.
Kenyata afirmou que, mesmo eleito, irá a Haia para seu julgamento, que poderá durar pelo menos dois meses.