Agência France-Presse
postado em 10/03/2013 10:34
Lahore, Paquistão - Uma forte discussão religiosa entre dois amigos em estado de embriaguez ocorrida na quarta-feira provocou os atos violentos registrados no sábado em Lahore, no leste do Paquistão, durante os quais milhares de muçulmanos incendiaram mais de 100 casas de cristãos, indicaram neste domingo a polícia e testemunhas.
Por outro lado, a explosão de uma bomba neste domingo no noroeste do Paquistão matou uma menina de quatro anos e feriu outras três, informou um funcionário.
No sábado, mais de 3.000 muçulmanos irados atacaram Joseph Colony, um bairro cristão de Lahore, depois que um cristão foi detido na sexta-feira acusado de ter blasfemado contra o profeta Maomé na última quarta-feira. Estes incidentes não deixaram vítimas.
Neste domingo, a polícia utilizou cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar uma multidão de cristãos que atiravam pedras e que bloquearam uma estrada movimentada em protesto contra o ataque, informou o policial Abdul Ghaffar Qaisarani.
Também ocorreram protestos nas ruas de Karachi e na cidade de Multan, no centro do país.
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A polícia indicou que deteve mais de 60 pessoas suspeitas de terem participado dos atos violentos e o porta-voz do governador da província de Punjab prometeu que os agitadores seriam conduzidos a um tribunal antiterrorista.
Sawan Masih foi detido na sexta-feira depois que um amigo muçulmano, Shahid Imran, o denunciou por blasfemar, um crime punível com a pena de morte no Paquistão.
Por medo de represálias, muitos cristãos abandonaram suas casas, em um país que conta com 180 milhões de habitantes, 97% dos quais são muçulmanos.
Os dois amigos "estavam bêbados na quarta-feira quando discutiram" pela religião, explicou à imprensa Multan Jan, oficial de polícia responsável da região.
Nabila Ghazanfar, um porta-voz da polícia de Punjab, anunciou mais tarde que quatro líderes de alto escalão, entre eles Multan Jan, foram destituídos por negligência e por fracassar no controle dos revoltosos.
As vítimas receberão 200.000 rúpias (cerca de 1.600 euros) cada uma como compensação e as autoridades assumirão todos os custos das reconstruções, segundo o governo de Punjab.
Por sua vez, na localidade de Landi Kotal, na região tribal de Khyber (noroeste), uma menina de quatro anos morreu e outras três ficaram feridas pela explosão de uma bomba ativada por controle remoto perto de uma mesquita.
A bomba estava instalada na parede externa da mesquita, disse o funcionário da administração local Shakeel Burki.
"O atentado matou uma menina de quatro anos e feriu outras três, uma delas em estado grave", disse.
Ninguém reivindicou até o momento a responsabilidade do atentado.
Os atos violentos, incluindo os atentados, sofridos no Paquistão levantam perguntas sobre a segurança num momento em que o país se prepara para eleições gerais previstas para o mês de maio.
Por outro lado, a explosão de uma bomba neste domingo no noroeste do Paquistão matou uma menina de quatro anos e feriu outras três, informou um funcionário.
No sábado, mais de 3.000 muçulmanos irados atacaram Joseph Colony, um bairro cristão de Lahore, depois que um cristão foi detido na sexta-feira acusado de ter blasfemado contra o profeta Maomé na última quarta-feira. Estes incidentes não deixaram vítimas.
Neste domingo, a polícia utilizou cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar uma multidão de cristãos que atiravam pedras e que bloquearam uma estrada movimentada em protesto contra o ataque, informou o policial Abdul Ghaffar Qaisarani.
Também ocorreram protestos nas ruas de Karachi e na cidade de Multan, no centro do país.
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A polícia indicou que deteve mais de 60 pessoas suspeitas de terem participado dos atos violentos e o porta-voz do governador da província de Punjab prometeu que os agitadores seriam conduzidos a um tribunal antiterrorista.
Sawan Masih foi detido na sexta-feira depois que um amigo muçulmano, Shahid Imran, o denunciou por blasfemar, um crime punível com a pena de morte no Paquistão.
Por medo de represálias, muitos cristãos abandonaram suas casas, em um país que conta com 180 milhões de habitantes, 97% dos quais são muçulmanos.
Os dois amigos "estavam bêbados na quarta-feira quando discutiram" pela religião, explicou à imprensa Multan Jan, oficial de polícia responsável da região.
Nabila Ghazanfar, um porta-voz da polícia de Punjab, anunciou mais tarde que quatro líderes de alto escalão, entre eles Multan Jan, foram destituídos por negligência e por fracassar no controle dos revoltosos.
As vítimas receberão 200.000 rúpias (cerca de 1.600 euros) cada uma como compensação e as autoridades assumirão todos os custos das reconstruções, segundo o governo de Punjab.
Por sua vez, na localidade de Landi Kotal, na região tribal de Khyber (noroeste), uma menina de quatro anos morreu e outras três ficaram feridas pela explosão de uma bomba ativada por controle remoto perto de uma mesquita.
A bomba estava instalada na parede externa da mesquita, disse o funcionário da administração local Shakeel Burki.
"O atentado matou uma menina de quatro anos e feriu outras três, uma delas em estado grave", disse.
Ninguém reivindicou até o momento a responsabilidade do atentado.
Os atos violentos, incluindo os atentados, sofridos no Paquistão levantam perguntas sobre a segurança num momento em que o país se prepara para eleições gerais previstas para o mês de maio.