Agência France-Presse
postado em 10/03/2013 10:46
Yangon - Aung San Suu Kyi foi reeleita presidente da Liga Nacional para a Democracia (LND) neste domingo (10/3), último dia do histórico congresso do principal partido da oposição birmanesa, que não conseguiu responder aos chamados para rejuvenescer sua direção.
A Prêmio Nobel da Paz, deputada há quase um ano, foi aclamada pelos 120 integrantes do comitê central, informou a fonte à AFP, na ausência de mais candidatos.
O partido reúne seus 850 delegados desde sexta-feira em Yangun para definir uma estratégia, virar a página da clandestinidade e se preparar para uma possível vitória nas legislativas de 2015.
Mas o partido também deve superar uma grave crise interna que terminou com a expulsão de quatro líderes, que não puderam participar do congresso.
Em um discurso no sábado, Suu Kyi fez um chamado a favor da unidade. "É muito importante que estejamos unidos neste momento", repetiu neste domingo. "Queria pedir que não deixem que sentimentos pessoais coloquem em perigo o futuro do país", insistiu. "Devemos aproveitar nossa oportunidade. Do contrário, será uma perda não apenas para a LND, mas também para o país".
Leia mais notícias em Mundo
A Prêmio Nobel da Paz, deputada há quase um ano, foi aclamada pelos 120 integrantes do comitê central, informou a fonte à AFP, na ausência de mais candidatos.
O partido reúne seus 850 delegados desde sexta-feira em Yangun para definir uma estratégia, virar a página da clandestinidade e se preparar para uma possível vitória nas legislativas de 2015.
Mas o partido também deve superar uma grave crise interna que terminou com a expulsão de quatro líderes, que não puderam participar do congresso.
Em um discurso no sábado, Suu Kyi fez um chamado a favor da unidade. "É muito importante que estejamos unidos neste momento", repetiu neste domingo. "Queria pedir que não deixem que sentimentos pessoais coloquem em perigo o futuro do país", insistiu. "Devemos aproveitar nossa oportunidade. Do contrário, será uma perda não apenas para a LND, mas também para o país".
Leia mais notícias em Mundo
O partido aparece como favorito para as eleições legislativas de 2015, e, nesta perspectiva, deve definir uma estratégia e refletir sobre os principais problemas do país, como a saúde, a educação, o atraso no desenvolvimento e a corrupção.
Isso sem esquecer de virar a página dos 20 anos de quase clandestinidade sob um regime militar que não reconheceu sua vitória nas eleições de 1990.
Desde a dissolução da junta militar, em março de 2011, e graças às reformas iniciadas há dois anos pelo novo regime, a Liga se reintegrou no jogo político.
Impulsionada pelo extraordinário carisma de Suu Kyi, a LND se converteu no ano passado no primeiro partido da oposição parlamentar, ao término de legislativas parciais vencidas por ampla margem.
No entanto, neste momento o partido é incapaz de assumir as responsabilidades do poder, segundo os analistas, que descrevem a resistência dos companheiros de Suu Kyi, todos octogenários, de ceder o poder a uma nova geração. "Agradeço aos membros que lutaram junto à LND durante 25 anos, e saúdo também os novos membros", declarou Suu Kyi neste domingo. "Um partido é forte quando se revitaliza com sangue novo constantemente", acrescentou durante o encerramento do congresso.
Oito dos 15 membros do comitê executivo são efetivamente novos, mas todos são veteranos da LND, o que alimenta as críticas contra a hierarquia, acusada de estar desconectada da realidade do país. "Não estamos completamente satisfeitos (...). Queremos mais sangue novo entre os membros da direção", comentou um jovem militante do partido sob anonimato.
Han Tha Myint, porta-voz da Liga, reconheceu a necessidade de rejuvenescer as fileiras. "É nossa preocupação principal, a maioria de nossos líderes estão ficando mais velhos", indicou, afirmando que a Liga havia decidido reforçar o papel dos jovens e recrutar "gente capacitada fora do partido".
Mas, apesar de tudo, "estamos prontos para dirigir Mianmar há muito tempo", acrescentou.
Uma afirmação contestada. "Eles ficariam encantados (em tomar o poder), é certo, mas simplesmente não têm a capacidade ou a experiência para fazer isso", disse um diplomata ocidental.