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Chefe da inteligência dos EUA diz ao Congresso sobre riscos de segurança

Os Estados Unidos enfrentam uma crescente ameaça de ataques que podem afetar diversas infraestruturas do país e comprometer o avanço tecnológico militar, alertou Clapper

Agência France-Presse
postado em 12/03/2013 13:21
Washington - O chefe nacional da inteligência americana, James Clepper, informou nesta terça-feira (12/3) ao Congresso sobre os riscos para a segurança que o país enfrenta referindo-se a eventuais ataques cibernéticos, Irã, Coreia do Norte, Al-Qaeda e Síria.

Os Estados Unidos enfrentam uma crescente ameaça de ataques que podem afetar diversas infraestruturas do país e comprometer o avanço tecnológico militar, alertou Clapper.



Evocando "crescentes riscos para as infraestruturas essenciais dos Estados Unidos", Clapper destacou em seu relatório anual ao Congresso que os ataques cibernéticos, embora rudimentares, podem penetrar as redes informáticas fracamente protegidas, incluindo as encarregadas de fornecimento elétrico. No relatório, o chefe de inteligência também afirmou que o Irã não poderá produzir o urânio altamente enriquecido que necessita para a construção de uma bomba atômica sem ser detectado.

Mesmo que o Irã tenha avançado em seu controverso programa nuclear, "acreditamos que não pode desviar material vigiado e produzir urânio de qualidade militar sem que suas atividades sejam detectadas", disse. Sobre o tema nuclear, o alto funcionário também se referiu à Coreia do Norte, o outro inimigo público dos Estados Unidos.

"Embora avaliemos com um grau relativamente baixo a probabilidade de que a Coreia do Norte tente utilizar armas nucleares contra forças dos Estados Unidos ou de seus aliados para preservar o regime de Kim (Jong-Un), não sabemos o que constituiria, da perspectiva da Coreia do Norte, cruzar esta barreira", afirmou Clapper. Em relação à Al-Qaeda, indicou que seu núcleo se enfraqueceu fortemente e provavelmente seja incapaz de lançar ataques em grande escala contra alvos ocidentais.

A Al-Qaeda sofreu constantes baixas entre seus líderes de alto escalão desde 2008, diminuindo a liderança central da rede "a ponto de que o grupo seja provavelmente incapaz de realizar ataques complexos, em grande escala, no Ocidente", disse o chefe da inteligência nacional. Sobre o regime sírio, considerou que poderia recorrer a armas químicas, inclusive contra sua própria população, se as armas convencionais não lhe permitissem garantir a manutenção do poder.

"A Síria tem um programa muito ativo de guerra química e detenta grandes reservas de gás mostarda, sarim e de VX (gás nervoso)", disse Clapper, que acrescentou que o regime de Bashar al-Assad também possui "grandes reservas de munições, entre elas mísseis, bombas aéreas e, sem dúvida, foguetes de artilharia que podem ser utilizados para lançar estes produtos químicos"

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