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Netanyahu anuncia ao presidente israelense que formou um governo

Após negociações com parceiros de coalização, primeiro-ministro israelense anunciou que conseguiu "formar um governo"

Agência France-Presse
postado em 16/03/2013 16:49
Jerusalem- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou oficialmente neste sábado ao presidente Shimon Peres que formou um novo governo, após 40 dias de duras negociações com seus parceiros da coalizão de centro-direita e de direita nacionalista religiosa.

Em uma reunião com Peres, em sua residência em Jerusalém, Netanyahu anunciou que conseguiu "formar um governo", segundo um comunicado da presidência.

A presidência americana imediatamente declarou que espera trabalhar de maneira estreita com o novo governo israelense.

"O presidente Obama espera trabalhar estreitamente com o primeiro-ministro e o novo governo (de Israel) para responder apos muitos desafios que enfrentamos e para avançar em nosso interesse comum sobre a paz e a segurança", indicou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em um comunicado.

O premier israelense tinha prazo até a noite deste sábado para tentar formar um governo ou admitir seu fracasso, depois de o prazo inicial para formar uma coalizão ter sido prorrogado por duas semanas.

[SAIBAMAIS]O pacto de coalizão foi obtido na última hora da sexta-feira, apenas cinco dias antes da primeira visita a Israel do presidente americano, Barack Obama.

Debilitado pelas difíceis negociações, Netanyahu, que é líder do Likud (direita), firmou um acordo de coalizão com o partido de centro direita Yesh Atid e com o movimento nacionalista religioso Lar Judaico.

Yair Lapid, líder do partido Yesh Atid ("Há futuro" em hebraico), fez um avanço nas legislativas de 22 de janeiro, ao obter 19 cadeiras.

O novo governo prestará juramento perante a Knesset (Parlamento) na segunda-feira.



A próxima maioria governamental contará, portanto, com 68 deputados sobre um total de 120.

Os analistas preveem um difícil terceiro mandato para Netanyahu, que terá que lidar com uma "coalizão de pesadelo", segundo intitulou o jornal Haaretz, após renunciar à sua aliança com os ultraortodoxos do Shas (11 deputados) e o Judaísmo Unido da Torá (ultraortodoxo askenazi, 7 cadeiras) e ter que se unir, ao contrário, a parceiros muito mais complicados.

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