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Régime sírio acusa rebeldes de utilizarem arma química em Aleppo

É a primeira vez que o regime do presidente Bashar al-Assad acusa os rebeldes do uso de armas químicas. Damasco se refere aos insurgentes como terroristas

Agência France-Presse
postado em 19/03/2013 09:16
Moradores e médicos transportam soldado do Exército sírio ferido após ataque de arma química perto de Aleppo
Damasco
- O regime sírio acusou nesta terça-feira (19/3) os rebeldes de terem disparado um míssil com uma ogiva química na província de Aleppo (norte) que deixou 15 mortos, informou a agência oficial Sana. "Os terroristas lançaram um míssil que continha produtos químicos sobre a região de Khan al-Assal, na província de Aleppo, matando 15 pessoas, em sua maioria civis", acrescentou a agência.

É a primeira vez que o regime do presidente Bashar al-Assad acusa os rebeldes do uso de armas químicas. Damasco se refere aos insurgentes como terroristas. A comunidade internacional advertiu em diversas ocasiões Damasco contra a utilização de armas químicas. Várias autoridades ocidentais e israelenses expressaram, por sua vez, o temor de que estas armas caiam nas mãos de alguns grupos da oposição.



[SAIBAMAIS]No início de março, quase 200 soldados e rebeldes perderam a vida na batalha pela tomada de controle da academia de polícia de Khal al-Assal, a oeste de Aleppo, da qual os insurgentes finalmente se apoderaram. Há uma semana, o exército lançou uma contraofensiva e reconquistou parte do povoado, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Também nesta terça-feira, o presidente libanês, Michel Suleiman, classificou de inaceitável o ataque realizado na segunda-feira pela aviação síria contra seu território. "O bombardeio aéreo sírio contra o território libanês é uma violação inaceitável da soberania libanesa", afirmou, segundo um comunicado da presidência datado em Lagos, onde se encontra no âmbito de um giro pela África.

É a primeira confirmação oficial de que este ataque atingiu o Líbano. Uma autoridade militar de alta patente libanesa, que pediu o anonimato, confirmou à AFP o ataque, mas não quis informar se havia atingido o Líbano.

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