O jornalista iraquiano xiita Laith Hammoudi, 43 anos, estava no bairro de Mashtal, na região oeste de Bagdá, quando soube da primeira explosão por meio das emissoras de rádio, às 8h30 de ontem (2h30 em Brasília). Cerca de duas horas depois, ouviu mais dois estrondos e recebeu um telefonema de familiares, que relataram mais detonações. O 10; aniversário da invasão que depôs o ditador Saddam Hussein foi sangrento. Uma série de ataques suicidas e de detonações de carros-bomba coordenados atingiu os bairros de Sadr City, Shulla, Al-Mashtal, Kathemiyah, Karrada e Abu Desheer, todos eles bastiões xiitas.
Até o fechamento desta edição, as autoridades iraquianas contabilizavam 65 mortos e mais de 200 feridos. Os alvos dos extremistas foram mercados, restaurantes, pontos de ônibus, além de operários, policiais e soldados. ;A luta sectária nunca acabou. Vivemos uma guerra. Saddam começou a destruir meu país quando eu tinha 10 anos, durante a guerra com o Irã. Desde então, a violência nunca mais parou;, afirmou Laith ao Correio, em entrevista pela internet.
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