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Empresa que certificou implantes mamários defeituosos é julgada

Mais de 1.600 mulheres se somaram à demanda. Os advogados exigem que cada uma delas receba uma indenização de 16.000 euros por danos morais e psicológicos

Agência France-Presse
postado em 22/03/2013 10:40
Toulouse, França - O julgamento civil contra o grupo alemão TUV, que certificou a qualidade das próteses mamárias defeituosas fabricadas pela empresa francesa PIP, começou nesta sexta-feira (22/3) em Toulouse, no sudeste da França. Seis distribuidores da empresa Poly Implant Proth;se (PIP) no exterior - um búlgaro, um brasileiro, um italiano, um mexicano, um romeno e um sírio - acusam o grupo alemão de negligência e exigem uma indenização de 28 milhões de euros.

[SAIBAMAIS]Mais de 1.600 mulheres - principalmente sul-americanas - se somaram à demanda. Os advogados exigem que cada uma delas receba uma indenização de 16.000 euros por danos morais e psicológicos. O escândalo PIP explodiu em março de 2010 quando foi decidida a retirada das próteses do mercado francês e a quebra judicial da empresa, que havia utilizado para seus implantes um gel de silicone impróprio para uso médico em vez do gel médico homologado, com o objetivo de reduzir seus custos.

Diante dos riscos de rupturas e de irritações que estas próteses apresentam, no fim de dezembro de 2011 o governo francês recomendou que as mulheres portadoras do PIP na França as retirassem, atitude seguida por alguns governos estrangeiros. As próteses eram fabricadas na França, mas 84% delas eram exportadas, muitas à América Latina.

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