postado em 23/03/2013 06:09
Direita e esquerda travaram ontem um duelo oratório em torno do indiciamento do ex-presidente Nicolas Sarkozy (direitista), sob a acusação de ter se beneficiado, para fins eleitorais, de fundos provenientes da fortuna de Liliane Bettencourt, herdeira do império cosmético L;Oréal. O advogado de Sarkozy, Thierry Herzog, classificou como ;escandaloso o tratamento infligido pela Justiça; a seu cliente. Em resposta, o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, do Partido Socialista (PS), condenou o tom das críticas feitas por dirigentes da União por um Movimento Popular (UMP, o partido do ex-presidente), consideradas ;indignas de políticos verdadeiramente republicanos;.Após cinco anos de investigações, o juiz Jean-Michel Gentil ouviu Sarkozy por várias horas, na tarde e noite de quinta-feira. Depois de fazer a acareação do líder direitista com funcionários da família Bettencourt, Gentil notificou o acusado do indiciamento por ;abuso de incapaz, cometido ao longo de 2007, contra Liliane Bettencourt;. A milionária, então com 84 anos, teria sido convencida a doar 150 mil euros para a campanha presidencial de Sarkozy, eleito em maio daquele ano e derrotado em maio passado, quando tentou a reeleição, pelo socialista François Hollande. O crime de financiamento ilegal de campanha prescreve em três anos, mas o de abuso de incapaz ainda pode valer ao ex-presidente até três anos de prisão e multa de 375 mil euros.
