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Rússia cita vários cenários para explicar morte de Boris Berezovski

O corpo sem vida de Berezovski, de 67 anos, foi encontrado na tarde de sábado em Londres em circunstâncias ainda não determinadas. O anúncio de sua morte despertou imediatamente suspeitas de um possível assassinato

Agência France-Presse
postado em 25/03/2013 10:15
Moscou - A imprensa russa, citando especialistas ou cientistas políticos, evocava nesta segunda-feira (25/3) várias hipóteses para explicar a morte em Londres do ex-oligarca e opositor russo Boris Berezovski, que vão de um possível assassinato pelo MI5 a uma simples encenação.

"Berezovski fez até de sua morte um mistério", afirma a primeira página do jornal Komsomolskaia Pravda, em alusão à reputação do ex-multimilionário exilado em 2000 e que era considerado no fim de 1990 como a eminência parda do Kremlin.
Magnata russo Boris Berezovski faleceu aos 67 anos


O corpo sem vida de Berezovski, de 67 anos, foi encontrado na tarde de sábado em Londres em circunstâncias ainda não determinadas. O anúncio de sua morte despertou imediatamente suspeitas de um possível assassinato.

O canal público Pervy Kanal citou a a opinião de Andrei Lougovoi, ex-membro do FSB (serviço de inteligência russo), considerado o principal suspeito do envenenamento com polônio em 2006 do também opositor Alexander Litvinenko. "Quando pessoas como ele são assassinadas, é preciso entender que sempre há uma razão (...) Acusar a Rússia é ridículo, não há nenhum benefício político com sua morte", disse Lougovoi, que se converteu em deputado da Duma (câmara baixa).

Outro deputado, o líder do Partido Liberal-Democrata da Rússia (populista pró-Kremlin), Vladimir Jirinovski, mencionou, por sua vez, nas páginas do jornal Izvestia um possível assassinato cometido não pelos serviços russos, mas pelo MI5, o serviço de inteligência britânico. Por sua vez, o cientista político e deputado pró-Kremlin Viatcheslav Nokonov, citado pelo Pervy Kanal, afirma que provavelmente Berezovski não esteja morto.

"Ocorreram tantas encenações (...) que não posso imaginar que este homem tenha morrido desta maneira (...) É por esta razão que, enquanto não existirem provas de sua morte, terei dúvidas", declarou Nikonov.

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