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Damasco acha que Liga Árabe não pode participar de solução para conflito

Oposição ocupou o assento da Síria, vago desde a suspensão deste país, em novembro de 2011, após o início, em março do mesmo ano, da revolta popular contra o governo de Bashar al-Assad

Agência France-Presse
postado em 27/03/2013 13:47
Damasco - O governo sírio criticou nesta quarta-feira (27/3) a atitude da Liga Árabe, que entregou o assento da Síria à oposição, e considerou que a partir de agora esta organização já não pode participar de uma solução para o conflito.

"A decisão tomada na terça-feira pela Liga Árabe a impede definitivamente de ter um papel na solução da crise na Síria, já que se converteu em uma parte da crise, e não da solução", considerou o governo em um comunicado. Segundo uma iniciativa do Qatar, durante a cúpula da Liga Árabe em Doha a oposição ocupou o assento da Síria, vago desde a suspensão deste país, em novembro de 2011, após o início, em março do mesmo ano, da revolta popular contra o governo de Bashar al-Assad.



O líder demissionário da Coalizão Nacional Síria, Ahmed Moaz al-Khatib, tomou a palavra diante da cúpula em nome da Síria. "Com esta decisão, a cúpula encorajou a prática da violência, do extremismo e do terrorismo que não representam um perigo apenas para a Síria, mas também para toda a nação árabe e para o mundo", acrescentou o governo, que classifica os rebeldes e opositores de terroristas.

"Os países que brincam com fogo através do armamento, do financiamento, do treinamento e da hospedagem de terroristas devem saber que não ficarão à margem da propagação do incêndio", segundo o governo. Mais de uma dezena de países e de organizações internacionais reconhecem a Coalizão Nacional síria da oposição, constituída em Doha em novembro de 2012, como "o representante legítimo do povo sírio".

"Os comportamentos irresponsáveis da Liga Árabe voltados a entregar o assento da Síria a uma parte ilegítima e a colocar uma bandeira diferente da bandeira nacional síria representam uma clara violação de sua Carta e de seu regulamento interno", acrescentou o governo sírio.

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