Agência France-Presse
postado em 27/03/2013 15:07
Durban, África do Sul - Os países emergentes dos Brics expressaram nesta quarta-feira (27/3) sua profunda inquietação frente ao conflito na Síria e ao perigo de uma escalada militar no caso do Irã.
Ao fim de uma cúpula de dois dias em Durban, África do Sul, os líderes dos cinco países emergentes pediram que seja implementado um "processo político conduzido pelos sírios". "Expressamos nossa profunda inquietação frente à deterioração do cenário de segurança e humanitário na Síria e condenamos o aumento das violações dos direitos humanos e das leis humanitárias internacionais, enquanto a violência continua", escreveram os líderes dos cinco países -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- em um comunicado ao final da cúpula anual em Durban. "Reafirmamos nossa oposição a qualquer militarização do conflito", acrescentaram, rejeitando qualquer fornecimento de armas à oposição ao presidente sírio, Bashar al Assad.
Para o Brics, a solução do conflito passa pelo comunicado de Genebra de 30 de junho de 2012. Esse texto, adotado pelos ministros das Relações Exteriores dos principais países afetados pelo futuro da Síria e fruto de duras negociações com o ministro russo Serguei Lavrov, previa o estabelecimento de um processo de transição política, mas não especificava nada sobre o futuro do presidente Bashar al Assad.
Esse comunicado é a pedra angular da posição da Rússia, que faz parte do Brics.
Os cinco países pediram às partes em conflito que deixem as organizações humanitárias atuarem.
Em carta ao Brics, o presidente sírio pediu que os países emergentes intervenham para conter a violência na Síria e acabar com o sofrimento de seu povo causado pelas sanções internacionais.
"Peço aos líderes do Brics para que trabalhem juntos para conter imediatamente a violência na Síria e assim garantir o êxito da solução política. Para isso, é necessário que haja uma clara vontade internacional de cortar as fontes do terrorismo, de seu financiamento e armamento", indicou Assad em uma carta ao presidente sul-africano Jacob Zuma difundida nesta quarta-feira pela agência Sana.
"Vocês que procuram propiciar a paz, a segurança e a justiça no trastornado mundo de hoje, concentrem seus esforços para obter o fim do sofrimento do povo sírio, causado por sanções econômicas injustas, contrárias ao direito internacional, e que afetam diretamente a vida e as necessidades diárias de nossos cidadãos", acrescentou Assad.
Em meados deste mês, a assessora de Assad, Busaina Shaaban, havia dito à AFP que havia transmitido a Zuma uma mensagem do presidente sírio pedindo "a intervenção do Brics para deter a violência em seu país e favorecer a abertura ao diálogo".
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao Brics, antes do início de sua cúpula, que coordene iniciativas para encontrar uma solução pacífica para a crise síria.
Em relação ao Irã, os Brics mostraram sua preocupação frente ao risco de uma escalada militar, num momento em que os Estados Unidos e Israel ameaçaram impedir Teerã de ter acesso a armas atômicas.
"Acreditamos que não há alternativa para uma solução negociada para o problema nuclear iraniano. Estamos preocupados com os riscos de uma ação militar e de sanções unilaterais", escreveram os dirigentes dos cincos países em seu comunicado.
"Reconhecemos o direito do Irã de utilizar a energia nuclear com fins pacíficos dentro de suas obrigações internacionais e apoiamos uma resolução dos problemas por vias políticas e diplomáticas e pelo diálogo", concluíram.
Ao fim de uma cúpula de dois dias em Durban, África do Sul, os líderes dos cinco países emergentes pediram que seja implementado um "processo político conduzido pelos sírios". "Expressamos nossa profunda inquietação frente à deterioração do cenário de segurança e humanitário na Síria e condenamos o aumento das violações dos direitos humanos e das leis humanitárias internacionais, enquanto a violência continua", escreveram os líderes dos cinco países -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- em um comunicado ao final da cúpula anual em Durban. "Reafirmamos nossa oposição a qualquer militarização do conflito", acrescentaram, rejeitando qualquer fornecimento de armas à oposição ao presidente sírio, Bashar al Assad.
Para o Brics, a solução do conflito passa pelo comunicado de Genebra de 30 de junho de 2012. Esse texto, adotado pelos ministros das Relações Exteriores dos principais países afetados pelo futuro da Síria e fruto de duras negociações com o ministro russo Serguei Lavrov, previa o estabelecimento de um processo de transição política, mas não especificava nada sobre o futuro do presidente Bashar al Assad.
Esse comunicado é a pedra angular da posição da Rússia, que faz parte do Brics.
Os cinco países pediram às partes em conflito que deixem as organizações humanitárias atuarem.
Em carta ao Brics, o presidente sírio pediu que os países emergentes intervenham para conter a violência na Síria e acabar com o sofrimento de seu povo causado pelas sanções internacionais.
"Peço aos líderes do Brics para que trabalhem juntos para conter imediatamente a violência na Síria e assim garantir o êxito da solução política. Para isso, é necessário que haja uma clara vontade internacional de cortar as fontes do terrorismo, de seu financiamento e armamento", indicou Assad em uma carta ao presidente sul-africano Jacob Zuma difundida nesta quarta-feira pela agência Sana.
"Vocês que procuram propiciar a paz, a segurança e a justiça no trastornado mundo de hoje, concentrem seus esforços para obter o fim do sofrimento do povo sírio, causado por sanções econômicas injustas, contrárias ao direito internacional, e que afetam diretamente a vida e as necessidades diárias de nossos cidadãos", acrescentou Assad.
Em meados deste mês, a assessora de Assad, Busaina Shaaban, havia dito à AFP que havia transmitido a Zuma uma mensagem do presidente sírio pedindo "a intervenção do Brics para deter a violência em seu país e favorecer a abertura ao diálogo".
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao Brics, antes do início de sua cúpula, que coordene iniciativas para encontrar uma solução pacífica para a crise síria.
Em relação ao Irã, os Brics mostraram sua preocupação frente ao risco de uma escalada militar, num momento em que os Estados Unidos e Israel ameaçaram impedir Teerã de ter acesso a armas atômicas.
"Acreditamos que não há alternativa para uma solução negociada para o problema nuclear iraniano. Estamos preocupados com os riscos de uma ação militar e de sanções unilaterais", escreveram os dirigentes dos cincos países em seu comunicado.
"Reconhecemos o direito do Irã de utilizar a energia nuclear com fins pacíficos dentro de suas obrigações internacionais e apoiamos uma resolução dos problemas por vias políticas e diplomáticas e pelo diálogo", concluíram.