Agência France-Presse
postado em 28/03/2013 14:52
Seul- Dois bombardeiros B-2 americanos com capacidade nuclear fizeram uma missão de treinamento nesta quinta-feira (28/3) sobre a Coreia do Sul em um contexto de fortes tensões com o regime norte-coreano, anunciou o Exército dos Estados Unidos.
Os dois bombardeiros B-2 Spirit, que partiram da Base Whiteman, da Força Aérea do Missouri (região central dos EUA), despejaram munições artificiais sobre um alvo em território sul-coreano, segundo comunicado das forças americanas sediadas na Coreia do Sul.
Este voo, que faz parte de exercícios conjuntos organizados todos os anos entre as forças americanas e sul-coreanas, "demonstra a capacidade dos Estados Unidos de efetuar ataques a grandes distâncias, rápidos e quando quiser", destacou um comunicado.
Espera-se que este novo anúncio provoque uma forte reação de Pyongyang, que recentemente ameaçou Washington com ataques contra o território americano continental ou suas ilhas de Guam e Havaí, em resposta aos voos de treinamento dos B-52 sobre a Coreia do Sul.
O B-2, que foi utilizado pela primeira vez na Sérvia (1999) e depois principalmente em Afeganistão e Líbia (2011), "é um elemento importante da capacidade de dissuasão dos Estados Unidos na região Ásia-Pacífico", acrescentou o texto.
Trata-se de uma advertência à Coreia do Norte, cujas autoridades ainda não digeriram a adoção de novas sanções da ONU depois do teste nuclear realizado em 12 de fevereiro, antecedido pelo disparo de um foguete considerado pelos Estados Unidos um teste de míssil balístico, em dezembro.
Pyongyang denuncia as provocações americanas e sul-coreanas e afirma que está preparado para responder, apesar do risco de desencadear "uma guerra termonuclear" na Península Coreana.
Desde o início de março e após a adoção de novas sanções da ONU contra Pyongyag, a Coreia do Norte intensificou ainda mais sua retórica belicista, ameaçando regularmente a Coreia do Sul e os Estados Unidos, aliados de Seul, com "ataques estratégicos" e "guerra total".
Com 11.000 km de autonomia, o B-2 é um temível avião, concebido para missões especiais de bombardeio estratégico em altas altitudes (até 15.000 metros), atrás das linhas inimigas.
A aeronave, considerada indetectável e que voa perto da velocidade do som, pode carregar até 18 toneladas de armamento convencional ou nuclear, inclusive 16 bombas de 900 quilos guiados por satélite ou oito terríveis GBU-37 antibunker.
O secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, reiterou na quarta-feira "o compromisso inquebrantável dos Estados Unidos com a aliança com a República da Coreia, especialmente durante esta época de tensão elevada na Península Coreana", depois das ameaças da Coreia do Norte.
Os dois ministros conversaram sobre a assinatura de um novo pacto militar entre os dois aliados na semana passada. Este acordo prevê uma resposta conjunta em caso de provocação.
Vários especialistas na Coreia do Sul consideram que a vizinha do Norte aumenta suas ameaças sem conseguir que a comunidade internacional volte à mesa de negociações em conformidade com suas próprias condições.
Os norte-coreanos "reforçam sua retórica, mas a comunidade internacional não reage como eles esperavam", afirmou Cho Han-Bum, um analista do Instituto Coreano para a Unificação Nacional.
A subida de tom norte-coreana se explica também, segundo esses especialistas, pela chegada ao poder em Pyongyang do jovem Kim Jong-Un em 2011, que se vê obrigado a consolidar sua autoridade sobre o Exército, e à eleição da presidente sul-coreana Park Geun-hye, líder do Partido Conservador, que sempre se mostrou muito hostil ao regime comunista desde a Guerra da Coreia (1950-53).
Os dois bombardeiros B-2 Spirit, que partiram da Base Whiteman, da Força Aérea do Missouri (região central dos EUA), despejaram munições artificiais sobre um alvo em território sul-coreano, segundo comunicado das forças americanas sediadas na Coreia do Sul.
Este voo, que faz parte de exercícios conjuntos organizados todos os anos entre as forças americanas e sul-coreanas, "demonstra a capacidade dos Estados Unidos de efetuar ataques a grandes distâncias, rápidos e quando quiser", destacou um comunicado.
Espera-se que este novo anúncio provoque uma forte reação de Pyongyang, que recentemente ameaçou Washington com ataques contra o território americano continental ou suas ilhas de Guam e Havaí, em resposta aos voos de treinamento dos B-52 sobre a Coreia do Sul.
O B-2, que foi utilizado pela primeira vez na Sérvia (1999) e depois principalmente em Afeganistão e Líbia (2011), "é um elemento importante da capacidade de dissuasão dos Estados Unidos na região Ásia-Pacífico", acrescentou o texto.
Trata-se de uma advertência à Coreia do Norte, cujas autoridades ainda não digeriram a adoção de novas sanções da ONU depois do teste nuclear realizado em 12 de fevereiro, antecedido pelo disparo de um foguete considerado pelos Estados Unidos um teste de míssil balístico, em dezembro.
Pyongyang denuncia as provocações americanas e sul-coreanas e afirma que está preparado para responder, apesar do risco de desencadear "uma guerra termonuclear" na Península Coreana.
Desde o início de março e após a adoção de novas sanções da ONU contra Pyongyag, a Coreia do Norte intensificou ainda mais sua retórica belicista, ameaçando regularmente a Coreia do Sul e os Estados Unidos, aliados de Seul, com "ataques estratégicos" e "guerra total".
Com 11.000 km de autonomia, o B-2 é um temível avião, concebido para missões especiais de bombardeio estratégico em altas altitudes (até 15.000 metros), atrás das linhas inimigas.
A aeronave, considerada indetectável e que voa perto da velocidade do som, pode carregar até 18 toneladas de armamento convencional ou nuclear, inclusive 16 bombas de 900 quilos guiados por satélite ou oito terríveis GBU-37 antibunker.
O secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, reiterou na quarta-feira "o compromisso inquebrantável dos Estados Unidos com a aliança com a República da Coreia, especialmente durante esta época de tensão elevada na Península Coreana", depois das ameaças da Coreia do Norte.
Os dois ministros conversaram sobre a assinatura de um novo pacto militar entre os dois aliados na semana passada. Este acordo prevê uma resposta conjunta em caso de provocação.
Vários especialistas na Coreia do Sul consideram que a vizinha do Norte aumenta suas ameaças sem conseguir que a comunidade internacional volte à mesa de negociações em conformidade com suas próprias condições.
Os norte-coreanos "reforçam sua retórica, mas a comunidade internacional não reage como eles esperavam", afirmou Cho Han-Bum, um analista do Instituto Coreano para a Unificação Nacional.
A subida de tom norte-coreana se explica também, segundo esses especialistas, pela chegada ao poder em Pyongyang do jovem Kim Jong-Un em 2011, que se vê obrigado a consolidar sua autoridade sobre o Exército, e à eleição da presidente sul-coreana Park Geun-hye, líder do Partido Conservador, que sempre se mostrou muito hostil ao regime comunista desde a Guerra da Coreia (1950-53).