Agência France-Presse
postado em 28/03/2013 16:26
Damasco - Morteiros disparados pelos rebeldes sírios provocaram nesta quinta-feira (28/3) um massacre na faculdade de Arquitetura de Damasco, enquanto um deputado classificou de catastrófica a situação do Exército regular no sul do país.
Enquanto isso, Damasco não autorizou "o acesso sem restrições" ao seu território, como solicita a ONU, para que fosse realizada uma investigação sobre a eventual utilização de armas químicas.
"No total 15 estudantes foram assassinados em um ataque com morteiros efetuado pelos terroristas contra a faculdade de Arquitetura", disse o decano da Universidade Amer Mardini, citado pela agência oficial Sana.
As autoridades designam como "terroristas" os rebeldes que lutam contra as tropas do regime de Bashar al-Assad.
A televisão síria Al Ijbariya exibiu poças de sangue, cadeiras e mesas quebradas no que parece ser a cafeteria da faculdade.
"O que vimos hoje é um crime de guerra. A utilização de morteiros deve parar imediatamente. A grande maioria das pessoas mortas por esses projéteis é de civis", declarou Rami Abdel Rahman, presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Os protagonistas devem parar de fazer dos civis alvos. As universidades de Damasco e de Aleppo, as instituições educativas mais importantes do país, foram alvo de sangrentos ataques", acrescentou. Mais de 80 estudantes morreram em meados de janeiro no bombardeio da Universidade de Aleppo.
Desde que o início da semana, os rebeldes lançam ataques contra este setor onde há vários edifícios oficiais, como a televisão, provocando a morte de pelo menos cinco pessoas.
Os disparos de morteiros e foguetes efetuados pelos rebeldes se intensificaram nas últimas semanas em Damasco, reduto do regime, onde o Exército tenta neutralizar os focos rebeldes na periferia e impedir os combatentes de avançar na capital.
Um deputado de Deraa, onde teve início a onda de protestos na Síria, lançou nesta quinta-feira um apelo ao presidente sírio para adverti-lo sobre a situação nesta província, afirmando que os rebeldes controlam parte da estrada que liga esta região do sul a Damasco.
"A província de Deraa está dividida devido à evacuação de várias posições militares, por razões (...) que desconhecemos. Em todo caso, são os terroristas da Frente Al-Nosra que ocupam os locais", declarou ao Parlamento Walid al-Zohbi, que teve suas declarações transmitidas pela televisão oficial.
Quando seus colegas quiseram impedi-lo de continuar, o deputado disse: "É falso dizer que a estrada de Deraa está sob controle. De Kherbet Ghazale até o posto fronteiriço (com a Jordânia) está totalmente controlada por homens armados".
Os rebeldes sírios tomaram recentemente no sul uma faixa de 25 km que vai da Jordânia à linha de cessar-fogo com Israel nas Colinas de Golã, afirmou domingo o OSDH.
"Estamos totalmente expostos do lado sul e temos apenas uma cobertura no oeste com a brigada 61. O cidadão vive um inferno e o moral das pessoas está no nível mais baixo", continuou.
Damasco continua sem conceder acesso a seu, território como havia solicitado a ONU, para que fosse realizada uma investigação sobre o eventual uso de armas químicas.
Segundo a ONU, a investigação "se concentrará em um primeiro momento" nas acusações do governo sírio, que foi o primeiro a pedir uma investigação. França e Reino Unido pediram que a ONU estude todas as acusações, tanto da oposição como de Damasco.
Enquanto isso, Damasco não autorizou "o acesso sem restrições" ao seu território, como solicita a ONU, para que fosse realizada uma investigação sobre a eventual utilização de armas químicas.
"No total 15 estudantes foram assassinados em um ataque com morteiros efetuado pelos terroristas contra a faculdade de Arquitetura", disse o decano da Universidade Amer Mardini, citado pela agência oficial Sana.
As autoridades designam como "terroristas" os rebeldes que lutam contra as tropas do regime de Bashar al-Assad.
A televisão síria Al Ijbariya exibiu poças de sangue, cadeiras e mesas quebradas no que parece ser a cafeteria da faculdade.
"O que vimos hoje é um crime de guerra. A utilização de morteiros deve parar imediatamente. A grande maioria das pessoas mortas por esses projéteis é de civis", declarou Rami Abdel Rahman, presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Os protagonistas devem parar de fazer dos civis alvos. As universidades de Damasco e de Aleppo, as instituições educativas mais importantes do país, foram alvo de sangrentos ataques", acrescentou. Mais de 80 estudantes morreram em meados de janeiro no bombardeio da Universidade de Aleppo.
Desde que o início da semana, os rebeldes lançam ataques contra este setor onde há vários edifícios oficiais, como a televisão, provocando a morte de pelo menos cinco pessoas.
Os disparos de morteiros e foguetes efetuados pelos rebeldes se intensificaram nas últimas semanas em Damasco, reduto do regime, onde o Exército tenta neutralizar os focos rebeldes na periferia e impedir os combatentes de avançar na capital.
Um deputado de Deraa, onde teve início a onda de protestos na Síria, lançou nesta quinta-feira um apelo ao presidente sírio para adverti-lo sobre a situação nesta província, afirmando que os rebeldes controlam parte da estrada que liga esta região do sul a Damasco.
"A província de Deraa está dividida devido à evacuação de várias posições militares, por razões (...) que desconhecemos. Em todo caso, são os terroristas da Frente Al-Nosra que ocupam os locais", declarou ao Parlamento Walid al-Zohbi, que teve suas declarações transmitidas pela televisão oficial.
Quando seus colegas quiseram impedi-lo de continuar, o deputado disse: "É falso dizer que a estrada de Deraa está sob controle. De Kherbet Ghazale até o posto fronteiriço (com a Jordânia) está totalmente controlada por homens armados".
Os rebeldes sírios tomaram recentemente no sul uma faixa de 25 km que vai da Jordânia à linha de cessar-fogo com Israel nas Colinas de Golã, afirmou domingo o OSDH.
"Estamos totalmente expostos do lado sul e temos apenas uma cobertura no oeste com a brigada 61. O cidadão vive um inferno e o moral das pessoas está no nível mais baixo", continuou.
Damasco continua sem conceder acesso a seu, território como havia solicitado a ONU, para que fosse realizada uma investigação sobre o eventual uso de armas químicas.
Segundo a ONU, a investigação "se concentrará em um primeiro momento" nas acusações do governo sírio, que foi o primeiro a pedir uma investigação. França e Reino Unido pediram que a ONU estude todas as acusações, tanto da oposição como de Damasco.