Agência France-Presse
postado em 28/03/2013 18:14
Roma - O chefe da esquerda italiana, Pier Luigi Bersani, perdeu nesta quinta-feira (28/3) sua aposta para formar um governo e a tarefa está agora a cargo do presidente Giorgio Napolitano, que deve tirar a Itália de um impasse de mais de um mês.
"As discussões (com as outras formações políticas) fracassaram", constatou diante da imprensa um abatido Bersani depois de ter se reunido com o presidente da República no Quirinal.
O líder do Partido Democrático (PD) anunciou que Bersani "não desistiu da tarefa" de formar um novo governo, corrigindo a interpretação de grande parte da imprensa italiana.
O presidente Napolitano anunciou que se reserva o direito de buscar "pessoalmente" outras soluções para tirar a Itália do atoleiro político em que se encontra, sem um vencedor claro após as eleições legislativas do final de fevereiro.
O chefe de Estado se reunirá com todas as formações políticas na sexta-feira para consultas que começarão às 10h00 GMT (07h00 de Brasília), anunciou sua assessoria.
Bersani havia concluído nesta quinta-feira (28/3) à tarde as negociações que eram realizadas desde sábado com os sindicatos, patrões, representantes da sociedade civil e, depois, com os principais partidos.
O PD obteve a maioria absoluta na Câmara dos Deputados nas eleições legislativas de 24/25 de fevereiro, mas não no Senado, onde três forças antagônicas têm quase o mesmo peso: a esquerda, a direita de Silvio Berlusconi e o Movimento Cinco Estrelas (M5S).
Bersani explicou que havia abordado com outras formações as "dificuldades causadas por entraves e condições inaceitáveis".
Na quarta-feira, ele havia tentado sem sucesso pela enésima vez um acordo com o M5S, formação anti-partidos e anti-austeridade do ex-humorista Beppe Grillo, que rejeita qualquer colaboração com um novo governo. Outra barreira que Bersani não conseguiu superar foi a direita de Silvio Berlusconi.
A coalizão liderada pelo PDL do ;Cavaliere;, de 76 anos, que chegou em segundo lugar nas eleições, propõe há semanas uma coalizão a Bersani, mas o esquerdista se recusa porque o eleitorado de esquerda não aceitaria uma aliança com seu adversário político dos 20 últimos anos.
Segundo a imprensa, o ;Cavaliere; teria oferecido ajuda ao PD para a obtenção de um primeiro voto de confiança em contrapartida do apoio da esquerda a um candidato favorável à direita berlusconiana para suceder o presidente Napolitano em meados de maio.
Mas por razões inexplicadas, o PDL brutalmente voltou a fechar a porta na quarta à noite. "O caso está encerrado e foi o próprio Bersani que o encerrou. Ele está agora em um beco sem saída no qual se colocou sozinho", disse Angelino Alfano, secretário-geral do PDL.
Napolitano deverá tomar uma decisão final com o espírito de urgência de dotar a terceira economia da zona do euro de um governo capaz de enfrentar os problemas econômicos e sociais.
"A prioridade da Itália é aplicar as reformas, o que significa melhorar a governança, lutar contra a corrupção, melhorar o sistema judiciário", declarou nesta quinta-feira à AFP o economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan.
A economia italiana está em recessão há seis trimestres, com o desemprego atingindo 12%.
As eleições do final de fevereiro, que terminaram sem maioria política clara no Parlamento, causaram um aumento do spread, a diferença das taxas de juros pagas por Itália e Alemanha.
"As discussões (com as outras formações políticas) fracassaram", constatou diante da imprensa um abatido Bersani depois de ter se reunido com o presidente da República no Quirinal.
O líder do Partido Democrático (PD) anunciou que Bersani "não desistiu da tarefa" de formar um novo governo, corrigindo a interpretação de grande parte da imprensa italiana.
O presidente Napolitano anunciou que se reserva o direito de buscar "pessoalmente" outras soluções para tirar a Itália do atoleiro político em que se encontra, sem um vencedor claro após as eleições legislativas do final de fevereiro.
O chefe de Estado se reunirá com todas as formações políticas na sexta-feira para consultas que começarão às 10h00 GMT (07h00 de Brasília), anunciou sua assessoria.
Bersani havia concluído nesta quinta-feira (28/3) à tarde as negociações que eram realizadas desde sábado com os sindicatos, patrões, representantes da sociedade civil e, depois, com os principais partidos.
O PD obteve a maioria absoluta na Câmara dos Deputados nas eleições legislativas de 24/25 de fevereiro, mas não no Senado, onde três forças antagônicas têm quase o mesmo peso: a esquerda, a direita de Silvio Berlusconi e o Movimento Cinco Estrelas (M5S).
Bersani explicou que havia abordado com outras formações as "dificuldades causadas por entraves e condições inaceitáveis".
Na quarta-feira, ele havia tentado sem sucesso pela enésima vez um acordo com o M5S, formação anti-partidos e anti-austeridade do ex-humorista Beppe Grillo, que rejeita qualquer colaboração com um novo governo. Outra barreira que Bersani não conseguiu superar foi a direita de Silvio Berlusconi.
A coalizão liderada pelo PDL do ;Cavaliere;, de 76 anos, que chegou em segundo lugar nas eleições, propõe há semanas uma coalizão a Bersani, mas o esquerdista se recusa porque o eleitorado de esquerda não aceitaria uma aliança com seu adversário político dos 20 últimos anos.
Segundo a imprensa, o ;Cavaliere; teria oferecido ajuda ao PD para a obtenção de um primeiro voto de confiança em contrapartida do apoio da esquerda a um candidato favorável à direita berlusconiana para suceder o presidente Napolitano em meados de maio.
Mas por razões inexplicadas, o PDL brutalmente voltou a fechar a porta na quarta à noite. "O caso está encerrado e foi o próprio Bersani que o encerrou. Ele está agora em um beco sem saída no qual se colocou sozinho", disse Angelino Alfano, secretário-geral do PDL.
Napolitano deverá tomar uma decisão final com o espírito de urgência de dotar a terceira economia da zona do euro de um governo capaz de enfrentar os problemas econômicos e sociais.
"A prioridade da Itália é aplicar as reformas, o que significa melhorar a governança, lutar contra a corrupção, melhorar o sistema judiciário", declarou nesta quinta-feira à AFP o economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan.
A economia italiana está em recessão há seis trimestres, com o desemprego atingindo 12%.
As eleições do final de fevereiro, que terminaram sem maioria política clara no Parlamento, causaram um aumento do spread, a diferença das taxas de juros pagas por Itália e Alemanha.