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ONU cria força de interveção rápida contra grupos armados no Congo

A resolução é baseada nos resultados do acordo obtido em Adis Abeba no dia 24 de fevereiro visando à pacificação da região, palco de diversas rebeliões nas últimas duas décadas

Agência France-Presse
postado em 28/03/2013 19:40
Nova York - O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou nesta quinta-feira (28/3) uma resolução que reforça a missão da ONU na República Democrática do Congo (RDC) e cria a primeira força de intervenção encarregada de "neutralizar" os grupos armados que operam no leste do país.

A resolução é baseada nos resultados do acordo obtido em Adis Abeba no dia 24 de fevereiro visando à pacificação da região, palco de diversas rebeliões nas últimas duas décadas.

O texto "condena firmemente a contínua presença do (movimento rebelde) M23 nos subúrbios de Goma" e exige que todos os grupos "deponham as armas".

A força de intervenção - composta por mais de 2.500 homens - terá a missão de "neutralizar" e "desarmar" os grupos que operam na rica região mineradora da RDC, destaca a resolução do Conselho.

No total, a força de intervenção terá três batalhões de infantaria, uma companhia de artilharia, um grupo de reconhecimento e "forças especiais".

Com o reforço decidido pelo Conselho de Segurança, a missão da ONU - Monusco - desempenhará agora a tarefa suplementar de "realizar operações ofensivas e dirigidas" a "deter o desenvolvimento de todos os grupos armados, neutralizá-los e desarmá-los visando a proteção dos civis e a redução dos riscos".



A brigada de intervenção rápida e drones (aviões sem piloto) de vigilância controlarão as fronteiras da RD Congo com os países vizinhos acusados de apoiar os rebeldes, informaram fontes da ONU.

A força de intervenção ficará estacionada em Goma e se unirá ao efetivo de 19.815 homens da Monusco, sob o mesmo comando.

África do Sul, Tanzânia e Moçambique já manifestaram sua disposição em fornecer tropas.

A resolução da ONU prevê a realização de "operações ofensivas seletivas" contra os grupos armados, destacaram diplomatas.

O M23, um dos principais grupos armados da região mineradora de Kivu-Norte, no leste da RDC, assumiu o controle de Goma em novembro passado, mas se retirou pouco tempo depois.

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