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Atentados contra mesquitas xiitas no Iraque deixam ao menos 18 mortos

Foram ao todo quatro atentados com carros-bomba. Mais cem pessoas foram feridas

Agência France-Presse
postado em 29/03/2013 16:31
Bagdá - Ao menos 18 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas em quatro atentados com carros-bomba praticados nesta sexta-feira contra mesquitas xiitas de Bagdá e Kirkuk (norte), informaram fontes médicas e dos serviços de segurança.

As explosões ocorreram no intervalo de uma hora na capital iraquiana e em Kirkuk, 240 km ao norte de Bagdá. Estes novos atentados são registrados a menos de um mês para as eleições de 20 de abril em 12 das 18 províncias iraquianas. A campanha eleitoral transcorre em um clima tenso e pelo menos 11 candidatos morreram desde o fim de fevereiro, segundo um balanço da AFP. Em Bagdá, os atentados ocorreram diante de mesquitas nos bairros de Jihad, Qahira, Zafraniya e Binuk, deixando 14 mortos.

[SAIBAMAIS]Segundo um jornalista, o bairro que abriga a mesquita xiita de Qahira, no nordeste de Bagdá, estava cercado pelo Exército. Ao menos três pessoas faleceram nesse ataque. As pessoas choravam e era possível ver poças de sangue e destroços na calçada ao longo de dezenas de metros, contou.

Em Kirkuk, uma cidade situada em uma faixa de território disputada pela região autônoma do Curdistão e pelo governo iraquiano, outro atentado deixou quatro mortos e 72 feridos, segundo Sadiq Omar Rasul, diretor dos serviços médicos provinciais.

"Eu rezava na mesquita quando uma enorme explosão ocorreu e o teto desabou", contou à AFP Salim Aziz al-Bayati, um dos fiéis feridos no atentado. "Vi o imã caído no chão. Todo mundo estava coberto de sangue. Quando (os serviços de emergência) chegaram, o fogo atingia a mesquita, casas e carros", acrescentou.

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As autorias dos atentados não foram reivindicadas. A insurgência sunita, da qual a Al-Qaeda no Iraque faz parte, costuma atacar as forças de segurança e a comunidade xiita, majoritária no país, para tentar desestabilizar o governo do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki. O primeiro-ministro também enfrenta críticas da minoria sunita, que se considera marginalizada por sua política.

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