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Papa Francisco pede que a fé cristã se reflita no comportamento

O papa deve orar na tarde desta segunda-feira no túmulo de Pedro, do qual é o 265º sucessor, na necrópole vaticana, acompanhado do cardeal Angelo Comastri

Agência France-Presse
postado em 01/04/2013 09:48
Papa conduz o Regina Coeli, oração durante as celebrações da Páscoa na Praça de São Pedro
Cidade do Vaticano
- O papa Francisco pediu nesta segunda-feira (1/4) no Regina Coeli, um dos quatro hinos à Virgem no catolicismo, diante de dezenas de milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, que a fé cristã se reflita no comportamento de cada um. "Manifestar na vida o sacramento que recebemos", afirmou o papa da janela dos aposentos do Vaticano diante de uma ansiosa massa de gente que o aplaudiu em vários momentos durante sua curta mensagem lida em italiano, ao término da qual desejou um bom apetite diante do iminente almoço.

"Cristo venceu o mal de forma total e definitiva, mas de nós, os homens de nosso tempo, espera que acolhamos esta vitória em nossa vida e na realidade concreta da história e da sociedade", disse o papa, eleito ao trono de São Pedro no dia 13 de março. O papa jesuíta lembrou nesta mensagem, que substitui o Ângelus durante a semana pascal até o domingo da Santíssima Trindade, que os sacramentos e a fé cristã devem se traduzir em "comportamento, gestos e escolhas" da vida de cada dia.

E tudo passa pelo coração humano, lembrou, porque se "mudo as coisas que não são boas, que podem fazer mal tanto a mim mesmo quanto aos demais, permito a vitória de Cristo se afirmar em minha vida, prolongar sua ação benéfica". Diante dos aplausos dos peregrinos, Francisco permaneceu por alguns instantes hesitante e saudando com a mão na janela do aposento do palácio apostólico, que domina a imponente praça do coração do catolicismo.



[SAIBAMAIS]O papa deve orar na tarde desta segunda-feira (1/4) no túmulo de Pedro, do qual é o 265; sucessor, na necrópole vaticana, acompanhado do cardeal Angelo Comastri. A necrópole de São Pedro abriga o túmulo identificado como o do apóstolo Pedro, sobre o qual foram construídas duas basílicas: a do imperador Constantino (274-337) em 322, e o templo atual, iniciado no século XVI.

Em 1939, o papa Pio XII ordenou que fossem realizadas reformas nestes túmulos para responder ao desejo de Pio XI de ser enterrado o mais perto possível de São Pedro. Normalmente, os papas costumam ir à residência de verão de Castelgandolfo na semana de Páscoa, mas Francisco também introduziu uma mudança neste costume, provavelmente devido à presença na mesma de seu antecessor Bento XVI, que renunciou ao trono de Pedro por razões de saúde, enquanto o convento no qual viverá definitivamente, dentro dos muros do Vaticano, é reformado.

Ao longo desta semana santa, a primeira que preside como chefe da Igreja católica, Francisco deu muitas pistas que indicam uma mudança profunda da milenar instituição, que nos últimos anos foi atingida por escândalos e pela sangria de fiéis. Na bênção ;urbi et orbi; de domingo, criticou os conflitos que atingem o Oriente Médio, a África e a escalada verbal que ameaça a Península da Coreia, assim como o tráfico de pessoas e de drogas.

O papa parece ter escolhido o italiano como sua língua oficial para se comunicar nos atos oficiais, dando uma imagem de sobriedade as suas intervenções, contra o que costumavam fazer seus antecessores, que frequentemente terminavam saudando em vários idiomas os peregrinos presentes.

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