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EUA denunciam crescentes restrições à liberdade de expressão no Egito

A denúncia foi feita após um humorista egípcio ser detido por ter insultado o Islã e o presidente islamita Mohamed Mursi

Agência France-Presse
postado em 01/04/2013 16:08
Washington - Os Estados Unidos denunciaram nesta segunda-feira (01/4) as crescentes restrições à liberdade de expressão no Egito, após o caso de um humorista egípcio detido por ter insultado o Islã e o presidente islamita Mohamed Mursi.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, expressou "a preocupação" dos Estados Unidos depois de "o procurador geral (egípcio) ter interrogado primeiro e depois libertado sob fiança Bassem Youssef, acusado de insultar o Islã e o presidente Mursi"



A diplomacia americana viu neste caso, assim como em algumas "ordens de detenção contra militantes políticos, a prova de uma preocupante tendência a restringir cada vez mais a liberdade de expressão" no Egito.

Youssef, famoso humorista egípcio, foi libertado no domingo após o pagamento de uma fiança de 15.000 libras egípcias (pouco mais de 2.000 dólares) após um interrogatório de cerca de cinco horas.

Acusado de ofender o Islã por ter "feito piada com o rito da oração" e de insultar Mursi por ter "ofendido sua imagem no exterior", segundo fontes judiciais, Youssef se junta ao grupo de jornalistas julgados por insultar o presidente.

Nuland afirmou que o secretário de Estado, John Kerry, havia "abordado o tema dos direitos humanos e da liberdade de imprensa com o presidente Mursi" durante uma visita ao Cairo no dia 2 de março.

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