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Desemprego tem leve retrocesso na Espanha em março, diz ministério

O ministério do Emprego afirmou que se trata da primeira queda do desemprego em um mês de março desde 2008, ano no qual a explosão da bolha imobiliária precipitou a crise

Agência France-Presse
postado em 02/04/2013 09:38
Madri - O desemprego caiu ligeiramente em março na Espanha, embora o número de desempregados continue sendo superior a cinco milhões, anunciou nesta terça-feira (2/4) o ministério do Emprego, enquanto o país segue em recessão e é submetido a um esforço de austeridade draconiano.

A quarta economia da Eurozona registrou em março 4.979 desocupados a menos que em fevereiro (-0,1%), segundo estes dados, diferentes da taxa trimestral de referência que havia alcançado um novo recorde histórico, a 26,02%, no fim de 2012.



O ministério do Emprego afirmou que se trata da primeira queda do desemprego em um mês de março desde 2008, ano no qual a explosão da bolha imobiliária precipitou a crise.

Após uma pequena redução de 1,2% em dezembro, o número de desempregados na Espanha voltou a subir 2,72% em janeiro e superou o recorde de cinco milhões em fevereiro, com um aumento de 1,19%.

Em relação às estatísticas de março de 2012, o ministério registrou 284.376 desempregados a mais (5,99%), até alcançar os 5.035.243 demandantes de emprego.

Os números fornecidos mensalmente pelo ministério do Emprego são diferentes dos publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que utiliza um método de cálculo diferente e serve de referência. Segundo o INE, a taxa de desemprego superou uma barreira histórica no fim de dezembro ao se situar em 26,02% da população economicamente ativa, com 5.965.400 desempregados.

O Banco da Espanha divulgou no último dia 26 sua projeção de mais recessão (-1,5% do PIB) e mais desemprego para 2013, alcançando uma taxa média ao longo do ano de 27,1%, que diminuiria levemente em 2014, ano no qual terminaria com 26,8% da população ativa no desemprego. Por sua parte, a Comissão Europeia prognosticou um retrocesso de 1,4% do PIB neste ano e uma alta de 0,8% em 2014, enquanto o FMI calcula a queda em 2013 de 1,5% do PIB.

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