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Assad propõe anistia para sequestradores que libertarem reféns

O regime sírio acusa as potências estrangeiras de estarem por trás da guerra civil que já causou a morte de 70.000 pessoas, segundo as Nações Unidas, e os sequestros se tornaram frequentes no país

Agência France-Presse
postado em 02/04/2013 14:54
Damasco - O presidente sírio Bashar Al-Assad propôs nesta terça-feira (2/4) anistia aos autores de sequestros, dando quinze dias para que libertam seus prisioneiros, se não terão que cumprir trabalhos forçados por toda vida, informou a agência síria Sana.

"Qualquer pessoa que tenha sequestrado uma pessoa para obter resgate e tenha privado de sua liberdade por motivos políticos, financeiros ou religiosos, será condenada a trabalhos forçados para toda a vida", indica um decreto citado pela Sana. Os sequestradores serão "executados se o crime levar à morte (da vítima) ou a uma incapacidade permanente, bem como em caso de agressão sexual", explica o decreto.

O texto, no entanto, promete anistia a "qualquer pessoa que tenha libertado ou entregue às autoridades a pessoa sequestrada no prazo de 15 dias após a entrada em vigor do decreto", segundo a agência.

[SAIBAMAIS] Este decreto é uma "séria e eficaz dissuasão a esse fenômeno de" sequestro, considerou o ministro da Justiça, Najem al-Ahmad Hamad, citado pela Sana. "O crime de sequestro, que apareceu na Síria nos últimos dois anos, é um crime importado estranho aos valores da sociedade síria", declarou o ministro.


O regime sírio acusa as potências estrangeiras de estarem por trás da guerra civil que já causou a morte de 70.000 pessoas, segundo as Nações Unidas, e os sequestros se tornaram frequentes no país.

Ahmad disse aos sequestradores com motivações políticas e religiosas que "não é sequestrando pessoas inocentes que vocês vão resolver os problemas". "As portas do governo, de todos os ministérios e das instituições políticas estão abertas".

De acordo com observadores, o dinheiro é um dos principais motivadores do sequestro, mas os sequestros por razões religiosas aumentaram em um país onde a maioria dos rebeldes, assim como da população, é sunita, enquanto a família Assad e seus próximos pertencem à comunidade alauíta.

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