Agência France-Presse
postado em 03/04/2013 09:00
Pequim - Um octogenário chinês foi condenado a três anos e meio de prisão por um homicídio cometido durante as atrocidades da Revolução Cultural maoísta, ao fim de um processo inusitado e polêmico. A pena de Qiu Riren foi anunciada pelo tribunal penal do distrito de Rui;An (província oriental de Zhejiang).[SAIBAMAIS]Qiu foi julgado em 18 de fevereiro em sua residência - os debates duraram apenas um dia - pelo assassinato em 1967 de um médico acusado de espionagem, segundo a imprensa local. Ele era acusado de ter estrangulado com uma corda o médico, chamado Hong, e de ter cortado as pernas da vítima antes de enterrar o corpo.
Este processo por um crime cometido durante a Revolução Cultural (1966-1976), durante a qual milhões de pessoas morreram em um contexto caótico, provocou críticas na China, sobretudo pela duração da audiência e pelo lado arbitrário das diligências. A imprensa chinesa afirma que o processo tardio de Qiu foi provocado porque ele passou 30 anos como fugitivo e só foi detido em julho de 2012.