Agência France-Presse
postado em 05/04/2013 17:51
Jerusalém - A Polícia de Israel deteve várias pessoas nesta sexta-feira (5/4) em confrontos com manifestantes palestinos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, informaram fontes israelenses, acrescentando que há pelo menos 35 feridos.
Na véspera, foi enviado reforço policial para Jerusalém Oriental, depois da explosão de violentos protestos na Cisjordânia nos últimos dias. A origem das manifestações foi a polêmica morte de um preso palestino em Israel, além da morte de dois jovens atingidos a tiros por soldados israelenses.
Após a oração muçulmana desta sexta-feira, a polícia enfrentou dezenas de manifestantes palestinos, com granadas e balas de borracha, em um bairro de Jerusalém Oriental, na parte da cidade ocupada e anexada por Israel.
Três pessoas foram detidas, indicou a polícia. Cerca de dez jovens palestinos ficaram levemente feridos por disparos de balas de borracha. Esse bairro é com frequência palco de choques entre moradores e a polícia israelense.
Não foram registrados incidentes na Esplanada das Mesquitas. De acordo com o porta-voz da polícia, o acesso ao local estava reservado a homens acima de 50 anos e a portadores de carteira de identidade expedida por Israel.
Chamada de "Nobre Santuário" (Haram el-Cherif) pelos muçulmanos e de "Monte do Templo" pelos judeus, em referência ao antigo Templo de Jerusalém destruído pelos romanos no ano 70, a Esplanada é um lugar sagrado para o Islã e para o Judaísmo.
Em Hebron (sul da Cisjordânia), palco de violentos confrontos após a morte de um prisioneiro palestino em Israel, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os jovens que jogavam pedras, depois da oração de sexta-feira.
Segundo um porta-voz militar, um soldado ficou levemente ferido após levar uma pedrada, perto de Ramallah. Já um palestino foi atingido com um disparo de bala de borracha perto de Bet-El, de acordo com a mesma fonte. Outros confrontos foram registrados no campo de refugiados de Al-Arub, entre Hebron e Belém, e no povoado palestino de Kafr Qadum (norte).
Na última quinta-feira, o enterro dos três palestinos foi realizado em clima de grande tensão, enquanto o presidente Mahmud Abbas acusava o governo israelense de sabotar os esforços de paz empreendidos pelos americanos.
O funeral de Maisara Abu Hamdiye, que estava preso em Israel e morreu de causas não esclarecidas, provocou uma onda de manifestações. Após a cerimônia, realizada em Hebron (sul da Cisjordânia), soldados israelenses usaram balas de borracha para conter a multidão enfurecida.
A partir de então, choques entre jovens palestinos e soldados israelenses tornaram-se frequentes em Hebron e em outras áreas da Cisjordânia.
A morte do preso político provocou ainda um movimento de protesto nas prisões israelenses, onde 1.900 detentos palestinos fizeram greve de fome na quinta-feira, informou um porta-voz da Administração Penitenciária israelense.
Segundo o advogado da vítima, desde agosto de 2012, Abu Hamdiye se queixava de fortes dores na garganta, mas foi tratado apenas com antibióticos pelas autoridades israelenses. Somente em janeiro foram feitos os exames necessários, que "detectaram células cancerígenas".
Ex-general das forças de segurança da Autoridade Palestina, Abu Hamdiye foi detido em 2002 e condenado à prisão perpétua em 2007 por tentativa de assassinato.
Na véspera, foi enviado reforço policial para Jerusalém Oriental, depois da explosão de violentos protestos na Cisjordânia nos últimos dias. A origem das manifestações foi a polêmica morte de um preso palestino em Israel, além da morte de dois jovens atingidos a tiros por soldados israelenses.
Após a oração muçulmana desta sexta-feira, a polícia enfrentou dezenas de manifestantes palestinos, com granadas e balas de borracha, em um bairro de Jerusalém Oriental, na parte da cidade ocupada e anexada por Israel.
Três pessoas foram detidas, indicou a polícia. Cerca de dez jovens palestinos ficaram levemente feridos por disparos de balas de borracha. Esse bairro é com frequência palco de choques entre moradores e a polícia israelense.
Não foram registrados incidentes na Esplanada das Mesquitas. De acordo com o porta-voz da polícia, o acesso ao local estava reservado a homens acima de 50 anos e a portadores de carteira de identidade expedida por Israel.
Chamada de "Nobre Santuário" (Haram el-Cherif) pelos muçulmanos e de "Monte do Templo" pelos judeus, em referência ao antigo Templo de Jerusalém destruído pelos romanos no ano 70, a Esplanada é um lugar sagrado para o Islã e para o Judaísmo.
Em Hebron (sul da Cisjordânia), palco de violentos confrontos após a morte de um prisioneiro palestino em Israel, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os jovens que jogavam pedras, depois da oração de sexta-feira.
Segundo um porta-voz militar, um soldado ficou levemente ferido após levar uma pedrada, perto de Ramallah. Já um palestino foi atingido com um disparo de bala de borracha perto de Bet-El, de acordo com a mesma fonte. Outros confrontos foram registrados no campo de refugiados de Al-Arub, entre Hebron e Belém, e no povoado palestino de Kafr Qadum (norte).
Na última quinta-feira, o enterro dos três palestinos foi realizado em clima de grande tensão, enquanto o presidente Mahmud Abbas acusava o governo israelense de sabotar os esforços de paz empreendidos pelos americanos.
O funeral de Maisara Abu Hamdiye, que estava preso em Israel e morreu de causas não esclarecidas, provocou uma onda de manifestações. Após a cerimônia, realizada em Hebron (sul da Cisjordânia), soldados israelenses usaram balas de borracha para conter a multidão enfurecida.
A partir de então, choques entre jovens palestinos e soldados israelenses tornaram-se frequentes em Hebron e em outras áreas da Cisjordânia.
A morte do preso político provocou ainda um movimento de protesto nas prisões israelenses, onde 1.900 detentos palestinos fizeram greve de fome na quinta-feira, informou um porta-voz da Administração Penitenciária israelense.
Segundo o advogado da vítima, desde agosto de 2012, Abu Hamdiye se queixava de fortes dores na garganta, mas foi tratado apenas com antibióticos pelas autoridades israelenses. Somente em janeiro foram feitos os exames necessários, que "detectaram células cancerígenas".
Ex-general das forças de segurança da Autoridade Palestina, Abu Hamdiye foi detido em 2002 e condenado à prisão perpétua em 2007 por tentativa de assassinato.