Agência France-Presse
postado em 06/04/2013 08:43
Seul - Os chefes das missões diplomáticas dos países europeus que têm representação em Pyongyang se reunirão neste sábado na capital norte-coreana para discutir uma eventual retirada, após o agravamento da situação na península coreana, enquanto o polo industrial binacional de Kaesong permanece fechado.A Coreia do Norte, que deslocou um segundo míssil de médio alcance para a costa leste - alimentando os temores de um disparo iminente -, advertiu que a partir de 10 de abril não poderá garantir a segurança das embaixadas no caso de conflito.
Os chefes das missões diplomáticas da União Europeia presentes em Pyongyang se reunirão neste sábado "para buscar uma posição comum e uma ação comum" sobre os funcionários, afirmou à AFP o ministério búlgaro das Relações Exteriores.
"O discurso do governo norte-coreano é que a partir de 10 de abril não poderá garantir a segurança das embaixadas, nem das organizações internacionais no país em caso de conflito", disse à AFP uma fonte do Foreign Office britânico.
No entanto, nenhum país parece ter planos de retirada imediata. Algumas capitais consideram que esta é uma nova manobra de Pyongyang para aumentar a pressão.
O ministério das Relações Exteriores da Alemanha informou que "no momento" sua embaixada pode seguir trabalhando na Coreia do Norte, mas destacou que a segurança esté em permanente avaliação.
O porta-voz da Casa Branca afirmou na sexta-feira que as ameaças não são novas e que não descarta o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte.
"Não ficaríamos surpresos se atuassem desta maneira", declarou Jay Carney.
A Coreia do Norte transportou durante a semana dois mísseis Musudan de médio alcance para a costa leste do país, onde foram instalados em veículos equipados com um dispositivo de disparo.
Ao mesmo tempo, o acesso ao industrial intercoreano de Kaesong permanece fechado. A Coreia do Norte impede desde quarta-feira a entrada no complexo das centenas de sul-coreanos que trabalham no local.
Vários caminhões sul-coreanos que transportavam material para o complexo foram obrigados a retornar na fronteira, que fica a 10 km do polo.