Agência France-Presse
postado em 06/04/2013 17:09
Paris - A jovem tunisiana que permanece escondida depois da difusão de fotos em que apareceu mostrando os seios, apareceu neste sábado (6/4) em uma reportagem na qual disse temer as represálias na Tunísia dos grupos islamitas, após ter recebido ameaças de morte e ser retida contra a vontade pela família.
A jovem, que se identifica com o nome de Amina Tyler, protagonizou um escândalo quando, em meados de março, publicou fotos em que aparecia com os seios descobertos e com a frase escrita a tinta "meu corpo me pertence, não representa a honra de ninguém", no estilo das feministas do grupo Femen.
Os autores da reportagem divulgada neste sábado em uma emissora de TV francesa se reuniram com a jovem na noite de quinta-feira em uma casa situada a "três horas de Túnis" onde vive com a família.
Amina aparece cansada, apática, sob um rigoroso controle da família, que a mantém retida contra a sua vontade, mas com a finalidade de protegê-la.
Após a publicação das fotos, "minha família me encontrou em uma cafeteria", disse. "Me levaram para casa. Meu primo quebrou o chip do meu telefone. Me bateu. Depois, fiquei com minha família e em seguida nos mudamos de cidade", contou.
Perguntada se tinha sido obrigada a ficar com sua família, Amina respondeu, "claro que sim".
A jovem, que se identifica com o nome de Amina Tyler, protagonizou um escândalo quando, em meados de março, publicou fotos em que aparecia com os seios descobertos e com a frase escrita a tinta "meu corpo me pertence, não representa a honra de ninguém", no estilo das feministas do grupo Femen.
Os autores da reportagem divulgada neste sábado em uma emissora de TV francesa se reuniram com a jovem na noite de quinta-feira em uma casa situada a "três horas de Túnis" onde vive com a família.
Amina aparece cansada, apática, sob um rigoroso controle da família, que a mantém retida contra a sua vontade, mas com a finalidade de protegê-la.
Após a publicação das fotos, "minha família me encontrou em uma cafeteria", disse. "Me levaram para casa. Meu primo quebrou o chip do meu telefone. Me bateu. Depois, fiquei com minha família e em seguida nos mudamos de cidade", contou.
Perguntada se tinha sido obrigada a ficar com sua família, Amina respondeu, "claro que sim".
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A jovem afirmou ter recebido ameaças por telefone e pelo site de relacionamentos Facebook. ";Você vai morrer;, ;Vamos jogar ácido em seu rosto;, coisas assim".
"Tenho que ir embora da Tunísia, temo pela minha vida e pela vida da minha família. Há muitos rumores sobre o que os islamitas e os salafistas querem fazer comigo", emendou.
"Quero continuar meus estudos no exterior", acrescentou a jovem, em alusão à impossibilidade de fazê-lo na Tunísia e concretizar seu sonho de se tornar "jornalista e ajudar a Femen de uma forma ou outra".
Amina continua apoiando a Femen, mas critica que três delas tenham queimado uma bandeira da religião muçulmana, a "shahada", em frente à Grande Mesquita de Paris, na quarta-feira passada.
"Sou contra", denunciou. "Não insultaram a um tipo de muçulmanos, os extremistas, mas todos os muçulmanos", lamentou.
A jovem afirmou que continuará sendo uma Femen "até os 80 anos".
Teoricamente, por sua ação, Amina se expõe a um julgamento por "atentar contra os bons costumes", um delito passível de punição com seis meses de prisão.
Grupo de feministas ucranianas radicadas em Paris, o Femen é conhecido desde 2010 por suas ações de "topless" para denunciar o sexismo, a homofobia, a prostituição e a religião.
As tunisianas dispõem desde os anos 1950 dos direitos mais avançados do mundo árabe, mas ainda sofrem com a desigualdade.
"Tenho que ir embora da Tunísia, temo pela minha vida e pela vida da minha família. Há muitos rumores sobre o que os islamitas e os salafistas querem fazer comigo", emendou.
"Quero continuar meus estudos no exterior", acrescentou a jovem, em alusão à impossibilidade de fazê-lo na Tunísia e concretizar seu sonho de se tornar "jornalista e ajudar a Femen de uma forma ou outra".
Amina continua apoiando a Femen, mas critica que três delas tenham queimado uma bandeira da religião muçulmana, a "shahada", em frente à Grande Mesquita de Paris, na quarta-feira passada.
"Sou contra", denunciou. "Não insultaram a um tipo de muçulmanos, os extremistas, mas todos os muçulmanos", lamentou.
A jovem afirmou que continuará sendo uma Femen "até os 80 anos".
Teoricamente, por sua ação, Amina se expõe a um julgamento por "atentar contra os bons costumes", um delito passível de punição com seis meses de prisão.
Grupo de feministas ucranianas radicadas em Paris, o Femen é conhecido desde 2010 por suas ações de "topless" para denunciar o sexismo, a homofobia, a prostituição e a religião.
As tunisianas dispõem desde os anos 1950 dos direitos mais avançados do mundo árabe, mas ainda sofrem com a desigualdade.