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Nasa quer rebocar asteroide até a Lua, afirma senador

Agência France-Presse
postado em 06/04/2013 19:23
WASHINGTON - A Nasa quer capturar um pequeno asteroide e puxá-lo para a órbita da Lua, como parte de um plano de longo prazo de estabelecer postos tripulados permanentes no espaço, afirmou um senador americano.

Para tirar o projeto do papel, o presidente Barack Obama disponibilizará cerca de US$ 100 milhões à agência espacial europeia em seu orçamento de 2014, que ele submeterá ao Congresso na quarta-feira, anunciou o senador Bill Nelson em um comunicado.

"Isto faz parte daquilo que será um programa muito mais amplo", explicou o senador democrata.

"O plano combina a ciência de mineração em um asteroide, o desenvolvimento de métodos para desviá-lo, bem como além de encontrar um lugar para desenvolver formas de viajar até Marte", acrescentou.

O plano prevê que uma nave robô capture o asteroide e o puxe na direção da Terra, deixando-o em uma órbita estável ao redor da Lua, perto o suficiente para que, dentro de oito anos, astronautas possam ir em sua direção.

Um plano similar foi inicialmente proposto em 2012 por especialistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), e o grupo, juntamente com outros altos cientistas de campo, prepararam desde então um estudo detalhado sobre a possibilidade de execução do projeto.

"Seria a primeira tentativa da humanidade de modificar os céus para possibilitar o estabelecimento permanente de seres humanos no espaço", afirmaram cientistas em seu relatório.

Segundo análises de especialistas, o objetivo de Obama de enviar uma missão tripulada para um asteroide próximo à Terra até 2025 é impossível, em vista dos atuais e projetados níveis de financiamento da Nasa.

Mas usar um veículo não tripulado para trazer um asteroide de 500 toneladas para perto de casa mudaria o jogo e levaria os seres humanos a um asteroide até 2021, quatro anos antes do prazo final.

Uma vez estando lá, "haveria atividades de mineração, pesquisa sobre formas de desviar o asteroide da rota de colisão com a Terra e a testagem do desenvolvimento de uma tecnologia para uma viagem rumo ao espaço sideral e a Marte", destacou Nelson no comunicado.

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