Agência France-Presse
postado em 06/04/2013 19:48
La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que não pode se comprometer a solucionar a situação dos 12 torcedores brasileiros do Corinthians presos desde o final de fevereiro na cidade andina de Oruro, acusados da morte de um jovem boliviano durante uma partida da Copa Libertadores.
"Não poderia me comprometer com nada porque não sou parte do órgão judicial", disse Morales, durante entrevista coletiva na cidade de Santa Cruz (leste), depois do amistoso disputado entre as seleções de Brasil e Bolívia.
O jogo tinha como finalidade arrecadar fundos para a família do jovem Kevin Beltrán, segundo informações da CBF, mas a confederação boliviana esclareceu que os recursos vão para seus cofres, sem descartar que parte do dinheiro seja destinado aos parentes do adolescente.
Dois torcedores do "Timão" foram denunciados pelo Ministério Público bolivianos pela autoria do disparo de um sinalizador que matou o jovem de 14 anos em 20 de fevereiro passado no estádio Jesús Bermúdez de Oruro, durante jogo entre o time local, San José, e o Corinthians. Os outros 10 torcedores estão presos como cúmplices.
A justiça boliviana informou várias vezes que espera terminar a investigação até junho e que os brasileiros estão presos "preventivamente", embora o Brasil afirme que o autor do disparo é um menor de 17 anos, identificado pelas iniciais H.A.M., que confessou o assassinato e é interrogado no Brasil sobre o fato.
"Não poderia me comprometer com nada porque não sou parte do órgão judicial", disse Morales, durante entrevista coletiva na cidade de Santa Cruz (leste), depois do amistoso disputado entre as seleções de Brasil e Bolívia.
O jogo tinha como finalidade arrecadar fundos para a família do jovem Kevin Beltrán, segundo informações da CBF, mas a confederação boliviana esclareceu que os recursos vão para seus cofres, sem descartar que parte do dinheiro seja destinado aos parentes do adolescente.
Dois torcedores do "Timão" foram denunciados pelo Ministério Público bolivianos pela autoria do disparo de um sinalizador que matou o jovem de 14 anos em 20 de fevereiro passado no estádio Jesús Bermúdez de Oruro, durante jogo entre o time local, San José, e o Corinthians. Os outros 10 torcedores estão presos como cúmplices.
A justiça boliviana informou várias vezes que espera terminar a investigação até junho e que os brasileiros estão presos "preventivamente", embora o Brasil afirme que o autor do disparo é um menor de 17 anos, identificado pelas iniciais H.A.M., que confessou o assassinato e é interrogado no Brasil sobre o fato.
O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, disse no final de março que seu país estava agindo com "firmeza" no caso, que foi pedido à Bolívia que garanta a segurança de seus compatriotas e que está sendo negociada a prisão domiciliar de todos eles porque estão em uma prisão em más condições.
No começo de março, o senador brasileiro Ricardo Ferraço, que visitou Oruro, expressou temor pela vida dos torcedores, afirmando que estavam sendo mantidos "como reféns".
O presidente Morales insistiu em que o tema está nas mãos do Judiciário e que na Bolívia "há poderes independentes".
"Esperamos que a justiça possa viabilizar" uma solução, acrescentou.
Consultado se o fato afetou as relações entre Brasil e Bolívia, o presidente afirmou: "temos relações fluidas Bolívia-Brasil, somos dois países irmãos, países vizinhos e, portanto, esta classe de problemas que se apresentam não afeta em nada".
Ele também revelou ter tentado, sem sucesso, falar sobre o tema com a presidente Dilma Rousseff. Mas, afirmou que "a companheira Dilma é respeitosa da independência dos diferentes órgãos" do Estado boliviano.
No começo de março, o senador brasileiro Ricardo Ferraço, que visitou Oruro, expressou temor pela vida dos torcedores, afirmando que estavam sendo mantidos "como reféns".
O presidente Morales insistiu em que o tema está nas mãos do Judiciário e que na Bolívia "há poderes independentes".
"Esperamos que a justiça possa viabilizar" uma solução, acrescentou.
Consultado se o fato afetou as relações entre Brasil e Bolívia, o presidente afirmou: "temos relações fluidas Bolívia-Brasil, somos dois países irmãos, países vizinhos e, portanto, esta classe de problemas que se apresentam não afeta em nada".
Ele também revelou ter tentado, sem sucesso, falar sobre o tema com a presidente Dilma Rousseff. Mas, afirmou que "a companheira Dilma é respeitosa da independência dos diferentes órgãos" do Estado boliviano.