Agência France-Presse
postado em 07/04/2013 17:50
Jerusalém - Os atos de violência e vandalismo antissemita aumentaram 30% no mundo, principalmente na França, durante o ano passado, segundo relatório anual publicado neste domingo (7/4) pela Universidade de Tel Aviv."No ano passado foi registrado um aumento considerável do nível de violência e atos de vandalismo contra judeus", destacou o documento, que indica 686 atos deste tipo em todo o mundo contra os 526 de 2011, isto é, uma alta de 30%.
A França foi o país onde ocorreu o maior número de incidentes antissemitas (200), seguido de Estados Unidos (99), Grã-Bretanha (84) e Canadá (74), acrescentou este relatório, divulgado pouco antes do começo das cerimônias anuais em memória das vítimas do Holocausto, na noite deste domingo, em Israel.
O relatório considera que o aumento dos atos antissemitas na França está, em parte, relacionado ao assassinato de três meninos judeus e de um professor em março de 2012 em frente a um colégio judaico em Toulouse por Mohamed Merah, jovem francês de origem argelina que morreu depois durante uma operação da polícia.
"Esse atentado provocou uma onda de violentos incidentes contra alvos judeus, principalmente na França", prosseguiu o informe.
No documento também se faz referência à ascensão de grupos de extrema direita que aproveitaram as dificuldades econômicas na Europa para fazer avançar seu programa "claramente antissemita".
"Na Hungria, na Grécia, assim como na Ucrânia, representantes desses partidos incitaram com veemência contra as comunidades judaicas locais em seus parlamentos", lamentou o relatório.
Por outro lado, a filial israelense do Centro Simon Wiesenthal também criticou a Austrália e outros países por não terem agido com o vigor suficiente para levar perante a justiça os criminosos de guerra nazistas e seus colaboradores.
Os Estados Unidos obtiveram a melhor classificação nesta campanha, seguidos de Canadá, Alemanha, Hungria, Itália e Sérvia.
No fim da lista, Austrália, Áustria, Estônia, Letônia, Lituânia, Ucrânia, Noruega, Suécia e Síria registraram as piores classificações, segundo o Centro Simon Wiesenthal, que leva o nome de um famoso caçador de nazistas.