Mundo

Exército egípcio, acusado em relatório, desmente abusos de militares

Em meados de 2012, o presidente formou, num contexto de forte tensão com o exército, uma comissão de investigação sobre a violência aplicada durante a revolta

Agência France-Presse
postado em 12/04/2013 11:22
Cairo - O presidente Mohamed Mursi e o chefe do exército egípcio desmentiram que os militares tenham cometido assassinatos ou abusos desde a revolta contra o regime de Hosni Mubarak, no início de 2011, depois que vazaram dados de um relatório que acusa os soldados.

"As forças armadas são sinceras e não cometeram qualquer ato contra o povo egípcio desde 25 de janeiro de 2011 (data do início da revolta) e não mataram ninguém como alguns afirmam", declarou o ministro da Defesa, general Abdel Fatah al Sisi, citado pela agência Mena.



Na véspera, o presidente islamita Mursi promoveu três dirigentes militares em uma clara demonstração de apoio ao exército.

Em meados de 2012, o presidente formou, num contexto de forte tensão com o exército, uma comissão de investigação sobre a violência aplicada durante a revolta.

O jornal britânico The Guardian e outros egípcios publicaram trechos de um relatório desta comissão, mas ainda não foi publicado em sua íntegra e de maneira oficial.

Estes trechos acusam o exército de tortura e desaparecimentos durante os 18 dias da revolta contra o regime de Mubarak, que recorreu aos militares na esperança de conter a sublevação, e nos meses seguintes.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação