Agência France-Presse
postado em 12/04/2013 17:18
Caracas - A oposição venezuelana pediu nesta sexta-feira (12/4) ao governo que deixe os eleitores refletirem antes das eleições presidenciais do próximo domingo (14/4), rejeitando que tenha um plano para desestabilizar o país, como afirma o chavismo. "Começa a aparecer este tipo de notícia apenas neste período, quando não há campanha eleitoral. A seriedade disto tudo é muito duvidosa e pedimos que apresentem provas (...) e que deixem em paz os cidadãos para que reflitam e tomem a sua decisão", declarou durante uma coletiva de imprensa o coordenador nacional da coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo."Esperamos que o governo nos dê paz de espírito nos próximos dias", acrescentou Aveledo, ressaltando que todas as acusações lançadas pelos chavistas "são completamente falsas". Nas últimas semanas, o governo denunciou planos de assassinatos, sabotagem elétrica e fraude nos resultados eleitorais por parte da oposição.
[SAIBAMAIS]Na quinta-feira 911/4), último dia de campanha eleitoral e início do período de reflexão até a eleição de domingo (14) para escolher um sucessor de Hugo Chávez, o candidato chavista Nicolas Maduro declarou que o governo está "desbaratando um plano de violência da direita", ao anunciar a prisão de um grupo paramilitar colombiano que supostamente queria "assassiná-lo".
No sábado (6/4) passado, o presidente interino também denunciou os ex-embaixadores americanos Roger Noriega e Otto Reich, junto com a "direita de El Salvador", de estarem por trás de uma conspiração para assassinar e sabotar a rede de eletricidade do país antes das eleições.
Semanas antes, Maduro anunciou que o governo tinha descoberto um plano, articulado pelos dois ex-embaixadores, para assassinar o candidato da oposição Henrique Capriles, e, com isso, semear o caos no país. "Se eles tivessem a mínima prova, você não acha que eles a apresentariam?", questionou Aveledo. Ele afirmou que, com essas informações, o governo tenta "assustar, galvanizar o seu povo, dar uma dose de estímulo a seus partidários, intimidar, afastar das urnas os eleitores".