postado em 12/04/2013 20:00
Caracas - Apesar do acirramento entre opositores e aliados do governo e da polarização entre os principais candidatos na disputa presidencial na Venezuela, o país vive uma democracia consolidada que se reflete não só na confiabilidade do sistema eleitoral utilizado, como no nível de liberdade de expressão da população. A opinião é do Alto Representante do Mercosul, o brasileiro Ivan Ramalho, que está na capital venezuelana para acompanhar a eleição presidencial de domingo (14/4).Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Ramalho disse que é a segunda vez que ele acompanha as eleições presidenciais no país. No ano passado, participou como observador convidado da União de Nações Sul-americanas (Unasul), para a disputa que ocorreu em outubro. Agora, ele veio pelo Mercosul e avalia a participação política dos venezuelanos.
;No encerramento de campanha vemos manifestações fortes e contundentes do principal opositor, Henrique Capriles, e do presidente em exercício, Nicolás Maduro. Mas apesar da tensão política, da troca de acusações e do discurso duro no enfrentamento entre os candidatos, observamos liberdade de expressão dessas opiniões;, opina Ramalho.
Com relação ao sistema eleitoral usado no país, Ramalho acrescenta que, além de ser informatizado como no Brasil, o processo ainda tem a possibilidade da impressão do voto para posterior auditoria. ;Os votos são contabilizados eletronicamente e parte deles é recontada manualmente para posterior verificação. Isso garante ainda mais a segurança eleitoral;, detalha.
Ramalho disse que é muito importante que a Venezuela consiga concluir bem o processo eleitoral do próximo domingo (14), porque é a primeira eleição presidencial sem a presença de Hugo Chávez, que morreu em março. Além disso, o país assumirá a presidência pro tempore do Mercosul em maio.