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Campanha na Venezuela é marcada pelo desfavorecimento da oposição na mídia

Herança econômica do líder bolivariano aguarda como desafio o sucessor que será escolhido hoje. Candidato governista chega à votação como favorito

postado em 14/04/2013 08:00
Herança econômica do líder bolivariano aguarda como desafio o sucessor que será escolhido hoje. Candidato governista chega à votação como favorito

O venezuelanos vão hoje às urnas escolher o sucessor de Hugo Chávez, após uma apressada e conturbada campanha eleitoral ; oficialmente, de duas semanas, mas iniciada na prática com a morte do presidente, em 5 de março. O chefe de Estado interino e herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, foi sempre considerado favorito, apesar do crescimento do governador de Miranda, Henrique Capriles, na reta final. Mas não é necessariamente para Maduro que os chavistas darão seu voto. ;Essa foi uma campanha na qual Chávez também esteve presente como candidato do governo;, analisa o cientista político e escritor Manuel Felipe Sierra.

O campo governista alicerçou a campanha na imagem do líder bolivariano, a ponto de ser acusado pelos opositores de usar o funeral do presidente como propaganda eleitoral. Com essa estratégia, Maduro chegou às vésperas da votação com 54,8% das intenções de voto, segundo o instituto argentino Datamática. A pesquisa, feita entre 1; e 5 de abril e não divulgada na Venezuela, em obediência à lei eleitoral, aponta diferença de 9,7 pontos entre ele e Capriles, que teria 34,8% dos votos. O número é substancialmente menor que o apresentado pelo instituto Hinterlaces em 1; de abril, quando Maduro tinha 20 pontos de vantagem.

Apesar do avanço da oposição, analistas venezuelanos apontam um desequilíbrio durante a campanha. Em entrevista ao jornal El Universal, o especialista em comunicação Oscar Lucién afirma que toda a estrutura pública, incluindo a mídia estatal, foi usada pelo Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV). ;É notória a inatividade do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que tem o dever constitucional de garantir eleições equilibradas;, diz Lucién.

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