Agência France-Presse
postado em 14/04/2013 21:56
O candidato opositor venezuelano Henrique Capriles alertou que "pretendem mudar a vontade expressada" nas urnas nas eleições presidenciais deste domingo."Alertamos o país e o mundo sobre a intenção de mudar a vontade expressada pelo povo" venezuelano, escreveu no Twitter.
"Exigimos da reitora Tibisay Lucena (do Conselho Nacional Eleitoral) o fechamento das seções eleitorais. Estão tratando de votar com as seções fechadas! - escreveu Capriles.
O vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, reagiu advertindo que Capriles e a oposição devem ter "muito cuidado" com as denúncias. "Vamos ter consciência e respeitar o povo, nossos filhos e filhas, nosso futuro".
"Se vocês têm algum tipo de denúncia, aqui há instituições, há o Conselho Nacional Eleitoral. Oxalá isto seja (a denúncia) porque ;hackearam; a conta de Capriles como ;hackearam; a do presidente Nicolás Maduro", disse o vice-presidente.
O chefe da campanha ;chavista;, Jorge Rodríguez, qualificou a denúncia de Capriles de "provocação" e "expressão da permanente agressão contra a institucionalidade democrática venezuelana".
Mais cedo, Rodríguez havia denunciado um ataque de hackers "à conta do nosso presidente (interino), candidato da pátria e filho de (Hugo) Chávez, Nicolás Maduro, e à conta do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV)".
A ação "é mais uma amostra do grande desespero (da oposição) e queremos fazer um apelo ao comando antichavista para que conserve a calma, que na democracia se ganha e não se perde", disse Rodríguez, atribuindo o ataque a "inescrupulosos e promotores da guerra suja elaborada a partir de Bogotá".
No sábado, Maduro denunciou uma "guerra suja que fazem a partir de Bogotá contra a paz na Venezuela, contra minha pessoa e contra o presidente".
Maduro acusou o assessor político venezuelano Juan José Rendón de dirigir um "grupo de guerra suja para envenenar o clima eleitoral e inocular ódio que provoque violência na Venezuela". J.J Rendón, como é mais conhecido, assessorou os presidentes venezuelanos Carlos Andrés Pérez e Rafael Caldera durante suas campanhas vitoriosas para as eleições de 1987 e 1993.