Agência France-Presse
postado em 15/04/2013 15:54
Benin - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, negou a intenção de Teerã de possuir a bomba atômica e denunciou a atitude "colonialista" dos países ricos que exploram os mais pobres durante uma viagem pela África.
Ahmadinejad, em visita ao Benin, chamou a energia nuclear de "dom divino", fornecendo eletricidade a um preço acessível. "Eles atacam o Irã e todas as nações que buscam sair da dominação", declarou o presidente em um discurso proferido na Universidade do Benin. "Não precisamos de bomba atômica. Aliás, não é a bomba atômica que ameaça o mundo, mas a moral e a cultura ocidental", acrescentou.
Ele também criticou o "pensamento colonialista" dos países desenvolvidos que exploram os países mais pobres. "Para salvar sua economias, eles impõem a guerra para encobrir suas derrotas e o fracasso do sistema capitalista", justificou.
As potências ocidentais e Israel suspeitam que Teerã queira possuir a arma atômica sob o pretexto de um programa nuclear civil. O Irã nega e defende o seu direito de desenvolver um programa para fins energéticos e médicos.
Ahmadinejad, que chegou ao Benin domingo (14/4) à noite, deixou a capital no início desta tarde em direção ao Níger, um dos maiores produtores de urânio do mundo. O Irã necessita de urânio para o seu programa nuclear.
Aos jornalistas no aeroporto de Cotonu, Ahmadinejad declarou que as duas minas de urânio inauguradas na semana passada no Irã "são suficientes para as ambições" de seu país.
No Níger, o presidente iraniano foi muito bem recebido. "Devemos fazer a política que nos interessa, vendendo o nosso urânio a quem quisermos, incluindo o Irã", disse Nouhou Arzika, um importante líder da sociedade civil nigerina. "Somos um Estado soberano, e devemos negociar com quem quisermos", declarou Mahamadou Djibo Samaila, líder da união de estudantes da Universidade de Níger, que já organizou uma manifestação contra a companhia francesa nuclear Areva.
Mas as relações entre o Irã e os países africanos não são sempre pacíficas. Uma disputa diplomática em 2010 esfriou as relações com a Nigéria, país mais populoso da África e maior produtor de petróleo do continente, após a retenção no porto de Lagos de um navio proveniente do Irã que transportava armas. Ahmadinejad concluirá seu giro com uma visita a Gana na terça-feira.
Ahmadinejad, em visita ao Benin, chamou a energia nuclear de "dom divino", fornecendo eletricidade a um preço acessível. "Eles atacam o Irã e todas as nações que buscam sair da dominação", declarou o presidente em um discurso proferido na Universidade do Benin. "Não precisamos de bomba atômica. Aliás, não é a bomba atômica que ameaça o mundo, mas a moral e a cultura ocidental", acrescentou.
Ele também criticou o "pensamento colonialista" dos países desenvolvidos que exploram os países mais pobres. "Para salvar sua economias, eles impõem a guerra para encobrir suas derrotas e o fracasso do sistema capitalista", justificou.
As potências ocidentais e Israel suspeitam que Teerã queira possuir a arma atômica sob o pretexto de um programa nuclear civil. O Irã nega e defende o seu direito de desenvolver um programa para fins energéticos e médicos.
Ahmadinejad, que chegou ao Benin domingo (14/4) à noite, deixou a capital no início desta tarde em direção ao Níger, um dos maiores produtores de urânio do mundo. O Irã necessita de urânio para o seu programa nuclear.
Aos jornalistas no aeroporto de Cotonu, Ahmadinejad declarou que as duas minas de urânio inauguradas na semana passada no Irã "são suficientes para as ambições" de seu país.
No Níger, o presidente iraniano foi muito bem recebido. "Devemos fazer a política que nos interessa, vendendo o nosso urânio a quem quisermos, incluindo o Irã", disse Nouhou Arzika, um importante líder da sociedade civil nigerina. "Somos um Estado soberano, e devemos negociar com quem quisermos", declarou Mahamadou Djibo Samaila, líder da união de estudantes da Universidade de Níger, que já organizou uma manifestação contra a companhia francesa nuclear Areva.
Mas as relações entre o Irã e os países africanos não são sempre pacíficas. Uma disputa diplomática em 2010 esfriou as relações com a Nigéria, país mais populoso da África e maior produtor de petróleo do continente, após a retenção no porto de Lagos de um navio proveniente do Irã que transportava armas. Ahmadinejad concluirá seu giro com uma visita a Gana na terça-feira.