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Governo venezuelano promete reprimir manifestações com mais força

A tensão pode ser sentida fortemente no país e influencia o cotidiano da população. Na noite de segunda-feira, taxistas evitavam circular pelas partes de Caracas com maior presença da oposição



[SAIBAMAIS]As redes sociais também refletem o momento tenso. Partidários do governo pedem cadeia a Henrique Capriles e a oposição insiste nas denúncias de "fraude" e no pedido de recontagem dos votos. Agora pela manhã o clima é de aparente tranquilidade, mas os panelaços e buzinaços foram mantidos ontem até por volta da meia-noite.

O governo contabiliza manifestações com queimas de casas do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) e protestos em pelo menos cinco estados. O oposicionista Henrique Capriles manteve a convocação para as marchas e protestos contra a decisão de não verificar os votos, mas pede que as ações sejam realizadas em paz.

A presidenta do CNE, Tibisay Lucena, informou, durante a cerimônia de proclamação de Maduro, que a auditoria, chamada de "verificação cidadã", já foi realizada no país por amostragem. O CNE não divulgou detalhes da verificação por amostragem.

O chefe da missão observadora da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Carlos Alvares, pediu ontem à noite respeito aos resultados eleitorais. O governo convoca a população para atos de apoio à juramentação do presidente eleito, marcada para sexta-feira (19/4).