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Coreia do Sul rejeita condições de Pyongyang para retomada de diálogo

O Exército norte-coreano se limitou a dar um ultimato a Seul e a dizer que se o Sul quer dialogar de verdade, "deve pedir desculpas por todas as ações hostis com a Coreia do Norte"

Agência France-Presse
postado em 18/04/2013 06:45
Jatos de combate da Força Aérea da Coreia do Sul se preparam para decolar durante operação de voo noturno em base aérea em Chungju, a cerca de 100 km do sudeste de Seul
Seul
- A Coreia do Sul considerou nesta quinta-feira (18/4) "incompreensíveis" as condições apresentadas por Pyongyang para retomar um diálogo com Seul e pediu ao regime comunista que opte pela negociação com a comunidade internacional. "As exigências da Coreia do Norte são totalmente incompreensíveis. É absurdo", disse o porta-voz da chancelaria sul-coreana, ao comentar a exigência norte-coreana de suspensão das sanções da ONU.

[SAIBAMAIS]Horas antes, a Coreia do Norte havia apresentado uma lista de condições para retomar o diálogo com o vizinho do Sul e com Washington, entre elas o fim das sanções da ONU e a suspensão das manobras militares conjuntas entre Estados Unidos e Coreia do Sul. "Se os inimigos Estados Unidos e Sul (...) querem de verdade o diálogo e a negociação, devem adotar estas medidas", declarou a Comissão de Defesa Nacional norte-coreana em um comunicado.



Após um terceiro teste nuclear norte-coreano, em 12 de fevereiro, e de um pacote de sanções da ONU contra Pyongyang, a tensão é crescente na península coreana. As condições para a retomada do diálogo são agora um tema dominante, após vários dias de temor envolvendo um novo disparo de mísseis por parte do Norte, por ocasião do 101; aniversário de nascimento do fundador do país e avô do atual dirigente, Kim Jong-un, no dia 15 de abril.

O Exército norte-coreano se limitou a dar um ultimato a Seul e a dizer que se o Sul quer dialogar de verdade, "deve pedir desculpas por todas as ações hostis com a Coreia do Norte". A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e o secretário americano de Estado, John Kerry, vincularam recentemente a retomada do diálogo "à mudança de comportamento" do Norte e ao "respeito a suas obrigações internacionais, especialmente envolvendo seu programa nuclear".

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