Agência France-Presse
postado em 19/04/2013 19:34
México - O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva deu seu apoio, nesta sexta-feira, ao novo programa contra a fome lançado no México pelo presidente Enrique Peña Nieto, em um ato ao qual ambos assistiram, em uma comunidade indígena do estado de Chiapas (sudeste).
"Vim aqui dar meu testemunho de que é possível erradicar a fome no mundo. No Brasil, em dez anos, conseguimos tirar 33 milhões de pessoas da pobreza e 40 milhões chegaram à classe média", afirmou Lula, para uma plateia formada, principalmente, por mulheres indígenas do município de Zinacantán.
A "Cruzada Nacional contra a Fome", promovida por Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), gerou polêmica pela participação de empresas transnacionais como PepsiCo e Nestlé.
Lula lembrou que seu elogiado programa "Fome Zero" também foi rotulado de "assistencialista e populista" e pediu às autoridades mexicanas que sigam em frente. "A fome não existe por falta de dinheiro, nem por falta de produção agrícola, nem por falta de tecnologia, mas por falta de vergonha dos governantes no mundo, que não se preocupam com o povo pobre", criticou Lula que, assim como Peña Nieto, usou o tradicional traje zinacanteco.
Em seu discurso, o presidente mexicano declarou: "O setor privado sempre será bem-vindo, se seguir o mesmo objetivo que nós: acabar com a fome". Ele também manifestou seu apoio à secretária (ministra) de Desenvolvimento Social e coordenadora do programa, Rosario Robles, que teve sua renúncia pedida pelo Partido Ação Nacional (PAN, de oposição). Rosario é acusada pela oposição de manipular os recursos dos programas sociais com fins eleitoreiros.
Lula fez essa breve visita ao México convidado por Peña Nieto, que pediu ao brasileiro assessoria para o desenvolvimento do programa. Nesta sexta, a iniciativa iniciou trabalhos no estado de Chiapas, um dos mais humildes e de maior população indígena do país.
Peña Nieto afirmou: "São milhões de mexicanos, 7,5 milhões de mexicanos, segundo os números que temos hoje, de 400 municípios do país que poderão reverter essa condição de fome".
O programa contra fome, que ainda não teve seu orçamento detalhado, começou há três meses em outras regiões e pretende estimular a produção de alimentos em comunidades rurais, apoiar financeiramente e com a construção de moradias as famílias mais necessitadas, além de combater a desnutrição infantil.
"Não há hospitais, nem médicos (na área) e precisamos de mais escolas e de uma casa para as mães solteiras", disse ao presidente a indígena María Mercedes López, beneficiária do programa.
Peña Nieto e Lula chegaram de helicóptero à comunidade tzotzil de Zinacantán por volta do meio-dia.
"Vim aqui dar meu testemunho de que é possível erradicar a fome no mundo. No Brasil, em dez anos, conseguimos tirar 33 milhões de pessoas da pobreza e 40 milhões chegaram à classe média", afirmou Lula, para uma plateia formada, principalmente, por mulheres indígenas do município de Zinacantán.
A "Cruzada Nacional contra a Fome", promovida por Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), gerou polêmica pela participação de empresas transnacionais como PepsiCo e Nestlé.
Lula lembrou que seu elogiado programa "Fome Zero" também foi rotulado de "assistencialista e populista" e pediu às autoridades mexicanas que sigam em frente. "A fome não existe por falta de dinheiro, nem por falta de produção agrícola, nem por falta de tecnologia, mas por falta de vergonha dos governantes no mundo, que não se preocupam com o povo pobre", criticou Lula que, assim como Peña Nieto, usou o tradicional traje zinacanteco.
Em seu discurso, o presidente mexicano declarou: "O setor privado sempre será bem-vindo, se seguir o mesmo objetivo que nós: acabar com a fome". Ele também manifestou seu apoio à secretária (ministra) de Desenvolvimento Social e coordenadora do programa, Rosario Robles, que teve sua renúncia pedida pelo Partido Ação Nacional (PAN, de oposição). Rosario é acusada pela oposição de manipular os recursos dos programas sociais com fins eleitoreiros.
Lula fez essa breve visita ao México convidado por Peña Nieto, que pediu ao brasileiro assessoria para o desenvolvimento do programa. Nesta sexta, a iniciativa iniciou trabalhos no estado de Chiapas, um dos mais humildes e de maior população indígena do país.
Peña Nieto afirmou: "São milhões de mexicanos, 7,5 milhões de mexicanos, segundo os números que temos hoje, de 400 municípios do país que poderão reverter essa condição de fome".
O programa contra fome, que ainda não teve seu orçamento detalhado, começou há três meses em outras regiões e pretende estimular a produção de alimentos em comunidades rurais, apoiar financeiramente e com a construção de moradias as famílias mais necessitadas, além de combater a desnutrição infantil.
"Não há hospitais, nem médicos (na área) e precisamos de mais escolas e de uma casa para as mães solteiras", disse ao presidente a indígena María Mercedes López, beneficiária do programa.
Peña Nieto e Lula chegaram de helicóptero à comunidade tzotzil de Zinacantán por volta do meio-dia.