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Moscou e Washington reforçam cooperação contra terrorismo

Atentado ocorrido em Boston nesta semana, cujos suspeitos são irmãos de origem chechena, preocupa países

Agência France-Presse
postado em 20/04/2013 10:56
Vladimir Putin apresentou mais uma vez ao colega norte-americano, Barack Obama, o seu pesar
Rússia e Estados Unidos concordaram em reforçar sua cooperação contra o terrorismo depois dos atentados de Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos), cujos suspeitos são dois irmãos de origem chechena, anunciou o Kremlin neste sábado.

[SAIBAMAIS]O presidente russo, Vladimir Putin, pediu a seu homólogo norte-americano, Barack Obama, para apresentar mais uma vez seu pesar e conversar sobre a maneira como os dois países poderiam trabalhar juntos para reforçar a segurança em um ano em que os Jogos Olímpicos de inverno serão realizados em Sotchi.

"Ambas as partes destacaram a vontade de reforçar ainda mais a cooperação entre os serviços de segurança russos e norte-americanos para lutar contra o terrorismo internacional", afirmou o comunicado do Kremlin.

Na sexta-feira o presidente Obama saudou a "estreita cooperação da Rússia de que os Estados Unidos se beneficiaram em matéria antiterrorista, em especial depois do atentado de Boston", e concordou com Putin sobre "continuar, no futuro, nossa cooperação sobre a luta contra o terrorismo e os temas de segurança", segundo um comunicado da Casa Branca.

A cooperação russo-americana em questões de segurança é, de fato, relativamente baixa devido às diferenças diplomáticas e às acusações de que Vladimir Putin utilizaria o pretexto da luta antiterrorista para eliminar seus inimigos políticos.



Os analistas russos estimam que isso poderia mudar após os atentados de Boston, e alguns, em particular aqueles ligados ao Kremlin como o parlamentar Alexei Pushkov, esperam que os Estados Unidos sejam menos críticos com a guerra na Chechênia que levou Vladimir Putin ao poder, primeiro como chefe de governo e depois como presidente em 1999.

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