Mundo

Nicolás Maduro empossa gabinete da equipe de Chávez na Venezuela

Maduro manteve os ministros de Petróleos e Energia, Rafael Ramírez, Relações Exteriores, Elías Jaua, Defesa, Diego Molero, e Informação, Ernesto Villegas, entre outros

Agência France-Presse
postado em 23/04/2013 08:58
Maduro manteve os ministros de Petróleos e Energia, Rafael Ramírez, Relações Exteriores, Elías Jaua, Defesa, Diego Molero, e Informação, Ernesto Villegas, entre outros
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, empossou nesta segunda-feira (22/4) seu gabinete, ratificando peças-chave da equipe do finado presidente Hugo Chávez, como os ministros de Petróleo, Relações Exteriores, Defesa e Informação, entre outros.

[SAIBAMAIS]"Ao empossar esta equipe de governo estamos iniciando um novo ciclo da revolução bolivariana, da revolução democrática popular, anti-imperialista, socialista", disse Maduro momentos antes do ato, transmitido em rede nacional de rádio e televisão. Com a Constituição venezuelana na mão esquerda, o novo gabinete prestou juramento em nome da "memória eterna do comandante Chávez", em uma cerimônia realizada no Teatro Teresa Carreño de Caracas.



Maduro manteve os ministros de Petróleos e Energia, Rafael Ramírez, Relações Exteriores, Elías Jaua, Defesa, Diego Molero, e Informação, Ernesto Villegas, entre outros. "Já dei as primeiras orientações a esta equipe, que vai levar o governo às ruas. Vamos para as ruas construir com o povo, vamos nos encontrar com os problemas da pátria", disse Maduro.

O gabinete terá Jorge Giordani no Planejamento e Nelson Merentes, atual presidente do Banco Central da Venezuela (BCV), no ministério das Finanças, dividindo uma pasta que antes era liderada por Giordani, um dos colaboradores mais antigos de Chávez. Maduro colocou a ex-ministra do Comércio Edmée Betancourt na presidência do BCV, decisão que precisa ser ratificada por maioria simples no Parlamento, dominado pelos chavistas.

O general de divisão Rodríguez Torres, diretor do Serviço de Inteligência, foi nomeado ministro do Interior, para o lugar de Néstor Reverol, encarregado do "plano especial de luta contra o narcotráfico". "Precisamos de um novo ciclo de renovação para otimizar todas as forças e dimensões", insistiu Maduro, afirmando que isto foi uma "orientação de Chávez", que antes de morrer foi reeleito para o período 2013-2019.

"Não houve traição e nem haverá traição ao legado de Hugo Chávez. Não houve derrota e não haverá derrota, não houve regressão e não haverá regressão do projeto histórico. O que há e vai persistir é a revolução socialista". A oposição ameaça recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para impugnar o resultado das eleições de 14 de abril, mesmo após a decisão da autoridade eleitoral de auditar as urnas.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou na quinta-feira que definiria as condições para a realização de uma auditoria ampliada da apuração, após a vitória de Maduro sobre o opositor Henrique Capriles por uma margem de apenas 265 mil votos. A princípio, Capriles aceitou a auditoria proposta pelo CNE, mas os reitores do órgão eleitoral afirmaram posteriormente que o processo de verificação não reverterá, "de maneira alguma", o resultado da votação.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação