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Oposição analisa impugnar resultado eleitoral na Venezuela

Nesta semana serão definidas as condições para a realização da auditoria ampliada da apuração. Capriles afirma que verdadeira análise provará irregularidades

Agência France-Presse
postado em 23/04/2013 09:39
Maduro exibe cópia das propostas de Hugo Chávez durante cerimônia para empossar novo gabineteA oposição não descarta recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para impugnar o resultado das eleições presidenciais de 14 de abril, mesmo após a decisão da autoridade eleitoral de auditar as urnas, informou nesta segunda-feira Ramón José Medina, dirigente da coalizão Unidade Democrática.

"A impugnação é um processo alternativo, distinto e junto ao Supremo Tribunal de Justiça. Estamos trabalhando precisamente nisto com todas e cada uma das provas que obtivemos até o momento. Temos um prazo de 15 dias úteis após a proclamação de Nicolás Maduro semana, destacou Medina em entrevista coletiva.

[SAIBAMAIS]"Não vamos deixar de exercer qualquer recurso ao qual tenhamos direito", destacou Medina, lembrando que a oposição está disposta a participar primeiro da auditoria e espera que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) explique finalmente como se dará a recontagem dos votos.



O CNE anunciou na quinta-feira que esta semana serão definidas as condições para a realização da auditoria ampliada da apuração, após a vitória de Maduro sobre o opositor Henrique Capriles por uma margem de apenas 265 mil votos.

Nesta segunda-feira, em entrevista ao jornal espanhol El Mundo, Capriles reafirmou que uma verdadeira auditoria provará irregularidades como a duplicidade de eleitores e demonstrará "que é preciso repetir as eleições", ainda que de forma "parcial".

Inicialmente, Capriles aceitou a auditoria proposta pelo CNE, mas os reitores do órgão eleitoral afirmaram posteriormente que o processo de verificação não reverterá, "de maneira alguma", o resultado da votação.

"Não vamos nos permitir participar de uma auditoria de fachada, mal feita, como parece nos dizer as últimas declarações dos reitores do CNE", disse Medina nesta segunda-feira.

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