Renata Tranches
postado em 24/04/2013 08:12
Um atentado na Líbia, prisões na Espanha e um ataque frustrado no Canadá. Apesar de não estarem diretamente ligados, os três episódios se relacionam ao terrorismo internacional e têm um denominador comum: a suspeita recai sobre a rede Al-Qaeda e suas ramificações. Na Líbia, o ataque foi contra a Embaixada da França, em Trípoli. A explosão deixou dois guardas feridos, mas o carro-bomba tinha poder de destruição para causar uma carnificina, segundo o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius. Na Espanha, foram presos dois supostos militantes, um argelino e um marroquino, que se teriam ;radicalizado nos últimos tempos;. No Canadá, a Justiça manteve a prisão preventiva de dois estrangeiros ; cuja origem não foi revelada ; acusados de planejar um ataque contra um trem de passageiros entre Toronto e Nova York. As autoridades espanholas e canadenses relacionam os detidos a células da Al-Qaeda.
Com seus santuários praticamente destruídos pela campanha consistente de bombardeios norte-americanos na fronteira entre Afeganistão e Paquistão, a rede fundada por Osama bin Laden ; morto em 2011 por um comando de elite dos EUA ; acusa o golpe. Na avaliação do especialista em terrorismo Alex Abrahms, da Universidade Johns Hopkins (Maryland), a organização tem procurado incentivar a ação dos seguidores onde quer que estejam, para compensar a perda em massa de dirigentes e quadros. ;Acredito que a Al-Qaeda está desesperada;, afirmou Abrahms ao Correio. ;Essa estratégia apela para iniciativas autônomas e ações de amadores. É por isso que a qualidade dos ataques despencou;, opinou. Ele não descarta que esse padrão operativo esteja por trás também do atentado contra a Maratona de Boston, atribuído aos irmãos Tsarnaev, de origem chechena. ;A ação deles é consistente com essa estratégia.;