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Julgamento de Alexei Navalny, opositor russo de Vladimir Putin, é retomado

Navalny é acusado de ter organizado em 2009 o desvio de 400.000 euros de uma empresa de exploração florestal, a Kirovles, na região de Kirov

Agência France-Presse
postado em 24/04/2013 07:32
Kirov - O principal opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, sentou novamente nesta quarta-feira (24/4) no banco dos réus em um julgamento por fraude em Kirov, a 900 km de Moscou, em um processo que o acusado e a oposição russa consideram "manipulado". O julgamento, que foi adiado na semana passada, após a primeira audiência de 45 minutos, foi retomado na manhã desta quarta-feira(24).

Navalny, que pode ser condenado a até 10 anos em um campo de prisioneiros, é acusado de ter organizado em 2009 o desvio de 400.000 euros de uma empresa de exploração florestal, a Kirovles, na região de Kirov. "Este assunto tem sido totalmente manipulado por ordem de Putin", disse Navalny, que afirmou não ter dúvidas de que o presidente russo deu instruções para que seja declarado culpado.



"Há tantos erros e carências nas conclusões da acusação, que o caso não pode passar em um tribunal", declarou o opositor. Navalny, orador carismático, é uma figura de destaque da luta contra a corrupção. O advogado de 36 anos virou um dos líderes do movimento de protesto iniciado em 2011 para denunciar fraudes nas eleições legislativas vencidas pelo partido de Putin, Rússia Unida.

"Tenho certeza de que todos os cidadãos envolvidos na perseguição política ilegal contra mim ou contra pessoas como eu, que lutam contra o Estado corrupto de ocupação atualmente no poder na Rússia (...), enfrentarão um dia uma punição severa, mas justa", concluiu. Navalny, orador carismático, é uma figura de destaque da luta contra a corrupção.

O advogado de 36 anos virou um dos líderes do movimento de protesto iniciado em 2011 para denunciar fraudes nas eleições legislativas vencidas pelo partido de Putin, Rússia Unida. A possibilidade de condenação não alterou a disposição do ativista. Ele disse que o regime russo vai afundar "em não mais de dois anos". Navalny não esconde a ambição de ser presidente e de levar Putin e seus amigos à prisão.

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