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Guantánamo tem 97 presos em greve de fome, 19 deles alimentados à força

O número de detentos em greve de fome segue aumentando constantemente desde que teve início o movimento, em 6 de fevereiro

Agência France-Presse
postado em 26/04/2013 14:18
Os advogados dos presos afirmam que aproximadamente 130 mantêm a greve de fome, desencadeada como consequência da insatisfação dos prisioneiros com o que consideraram uma profanação de exemplares do Alcorão

Washington
- A greve de fome na prisão da base militar americana de Guantánamo, em Cuba, era mantida nesta sexta-feira (26/4) por 97 dos 166 presos, dos quais 19 eram alimentados à força, anunciou um porta-voz do complexo penitenciário.

O número de detentos em greve de fome segue aumentando constantemente desde que teve início o movimento, em 6 de fevereiro. Os primeiros registros apresentados pelas autoridades militares em 11 de março faziam referência a nove grevistas.



Dos 97 que mantinham a greve nesta sexta-feira, 19 eram alimentados através de tubos ligados diretamente ao estômago pelos orifícios nasais, segundo o tenente-coronel Samuel House. Desses 19 prisioneiros, cinco tinham sido hospitalizados, embora não corram "perigo de morte", indicou o porta-voz em um comunicado diário.

Os advogados dos presos afirmam que aproximadamente 130 mantêm a greve de fome, desencadeada como consequência da insatisfação dos prisioneiros com o que consideraram uma profanação de exemplares do Alcorão. Segundo os advogados, no entanto, a maioria dos que estão em greve de fome denunciam sua detenção por tempo ilimitado há onze anos, sem formulação de acusações nem julgamento.

"As detenções ilegais, sem acusações nem julgamento, continuam em Guantánamo há mais de uma década e sem saída no horizonte; então, não é surpreendente que os detentos estejam desesperados", afirma Laura Pitter, da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch. "A administração Obama simplesmente deve fazer algo mais para pôr fim a esta prática ilegal que marcará a história americana com uma mancha negra", acrescenta a organização em um comunicado.

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