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Azevêdo diz que sua escolha para diretor da OMC destravaria negociações

Roberto Azevêdo, representante permanente do Brasil na OMC desde 2008, foi escolhido junto com o mexicano Herminio Blanco como finalista na disputa pela direção do organismo regulador do comércio mundial

Agência France-Presse
postado em 26/04/2013 17:24
O candidato brasileiro à direção da Organização Mundial de Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, disse nesta sexta-feira (26/4) que sua eventual escolha garantiria a superação dos obstáculos nas negociações comerciais. "O que a candidatura brasileira pode oferecer é exatamente a capacidade de superação dos obstáculos, por dois motivos: o primeiro pelo conhecimento dos temas da negociação e o segundo, pela capacidade de diálogo com todos os participantes", declarou Azevêdo ao jornal Valor em Genebra.



Azevêdo, representante permanente do Brasil na OMC desde 2008, foi escolhido junto com o mexicano Herminio Blanco como finalista na disputa pela direção do organismo regulador do comércio mundial. O sucessor do francês Pascal Lamy será eleito por consenso dos 159 países membros da organização no começo de maio.

O candidato brasileiro, de 55 anos, esteve à frente do contencioso vencido pelo Brasil contra os Estados Unidos pelos subsídios do algodão e da vitória brasileira sobre a União Europeia pelos subsídios à exportação de açúcar.

"O que me deixa feliz é o fato de que a candidatura brasileira está sendo muito bem recebida em todas as regiões e em todos os grupos de países desenvolvidos, em desenvolvimento e menos avançados", comentou Azevedo. "A candidatura de Brasil agrega, não divide", argumentou o diplomata e disse que os países enfrentam a escolha de uma liderança "que melhor se encaixe no momento atual" e que atenda "às necessidades da organização e forme o consenso nas negociações. Mesmo assim, disse que suas probabilidades de êxito "são bastante razoáveis".

A OMC será dirigida pela primeira vez por um país latino-americano por um período de quatro anos.

Um dos grandes desafios do novo chefe da OMC será reativar as negociações da Rodada Doha para liberalizar o comércio mundial, em ponto morto há anos.

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