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Americano de origem coreana será julgado na Coreia do Norte

Pae Jun-Ho, que foi detido em novembro, admitiu crimes e deverá comparecer à Corte Suprema do país

Agência France-Presse
postado em 27/04/2013 08:49
Seul - Um cidadão americano será julgado em breve em um tribunal da Coreia do Norte acusado, entre outras coisas, de tentar derrubar o regime comunista de Pyongyang, informou a agência oficial de notícias KCNA.

Pae Jun-Ho, que foi detido em novembro, admitiu os crimes e deverá comparecer à Corte Suprema da Coreia do Norte "em uma data próxima", segundo a agência norte-coreana. "Durante os interrogatórios, Pae confessou os crimes de ter alimentado a animosidade contra a República Popular Democrática da Coreia e de ter tentado derrubar o regime", afirma a KCNA. "Todas as acusação estão apoiadas em provas", completa a agência.

Pyongyang anunciou no fim de dezembro a detenção, em 3 de novembro, de um americano de origem coreana que entrou na Coreia do Norte como turista e era acusado pelo regime comunista de cometer um "crime", que não foi especificado.

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Em 11 de dezembro, o jornal sul-coreano Kookmin Ilbo revelou que um homem com dupla cidadania (americana e coreana), de 44 anos, diretor de uma agência de viagens, estava detido desde o início de novembro em Pyongyang.

[SAIBAMAIS]Um dos turistas que viajava com ele estava com um disco rígido com dados supostamente sensíveis, informou o jornal.

Vários americanos foram detidos e depois liberados nos últimos anos na Coreia do Norte.

Em 2010, o ex-presidente americano Jimmy Carter conseguiu a liberação de Ajalón Mahli Gomes, condenado a oito anos de trabalhos forçados por entrar ilegalmente na Coreia do Norte a partir da China.

Um ano antes, o ex-presidente americano Bill Clinton conseguiu a libertação de duas jornalistas americanas, Laura Ling e Euna Lee, também detidas por entrada ilegal no país.

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