Agência France-Presse
postado em 27/04/2013 09:57
Bagdá - O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, insinuou neste sábado (27/4) que a guerra civil na vizinha Síria provocou o retorno ao Iraque do conflito religioso, depois de uma onda de violência que provocou 215 mortes em cinco dias.
"O conflito religioso voltou ao Iraque, já que começou em outra parte da região", afirmou o primeiro-ministro.
A guerra civil na Síria entre rebeldes, principalmente sunitas, e o regime de Bashar al-Assad, pertencente à minoria alauita, uma ala do xiismo, deixou mais de 70.000 mortos em pouco mais de dois anos.
No Iraque, a violência religiosa entre sunitas e xiitas, que teve o pior momento em 2006 e 2007, matou dezenas de milhares de pessoas.
Esta semana, 215 pessoas morreram em uma nova onda de violência. "O sectarismo é ruim e o vento do sectarismo não precisa de uma autorização para passar de um país ao outro, porque se começa em um lugar vai se deslocar a outro lugar", disse o primeiro-ministro. "A luta bate à porta de todos e ninguém sobreviverá se entrar, porque há um vento por trás, e dinheiro e planos", completou Maliki, dois dias depois de advertir para o risco de retorno da "guerra civil religiosa".
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A onda de violência começou na terça-feira em Huweijah (norte), quando a polícia atuou contra um protesto sunita, um confronto que deixou 53 mortos.
[SAIBAMAIS]Há quatro meses os manifestantes sunitas exigem a renúncia de Maliki, um xiita, maioria no país, acusado de centralizar o poder e marginalizar os sunitas. Os distúrbios posteriores, muitos deles aparentemente relacionados com os confrontos de Huweijah, deixaram dezenas de mortos e neste sábado o número de vítimas fatais alcançou 215.
Também neste sábado, o comandante da milícia Sahwa no Iraque, inimiga da Al-Qaeda, ameaçou neste sábado uma guerra contra os militantes se estes não entregarem em 24 horas os homens que mataram cinco soldados iraquianos e cinco membros da milícia "Se os responsáveis não forem entregues, os Sahwa aplicarão os procedimentos necessários e farão o que fizeram em 2006", afirmou o xeque Wissam al-Hardan.
Em 2006, os milicianos Sahwa combateram com extrema violência os militantes sunitas, em apoio ao governo.
Cinco oficiais dos serviços de inteligência militar morreram em um ataque ao oeste de Bagdá e cinco milicianos que combate a Al-Qaeda foram assassinados a tiros ao norte da capital iraquiana neste sábado.
Soldados seguiam em um veículo para a área de um protesto contra o governo quando foram atacados por homens armados.
Os militares abriram fogo, um confronto teve início e quatro soldados morreram e outro ficou ferido, segundo fontes oficiais.
Homens armados também mataram um soldado e feriram outro em um incidente similar com outra viatura na mesma região.
Outro ataque matou cinco integrantes da milícia Sahwa, rival da Al-Qaeda, em um posto de controle ao sul de Tikrit, que fica ao norte de Bagdá.
Na sexta-feira, o clérigo xiita Hamed al-Kubaisi pediu em um sermão a criação de um exército para defender os sunitas.
As forças de segurança curdas foram mobilizadas ao redor da cidade de Kirkuk (norte do Iraque), visivelmente para combater os insurgentes em um clima de extrema violência. "Após consultas com o governador de Kirkuk, decidimos que os Peshmerga (combatentes armados curdos) devem garantir a segurança, em particular ao redor da cidade de Kirkuk", declarou Jabbar Yawar, secretário-geral do ministério dos Peshmerga no Curdistão autônomo.
"O conflito religioso voltou ao Iraque, já que começou em outra parte da região", afirmou o primeiro-ministro.
A guerra civil na Síria entre rebeldes, principalmente sunitas, e o regime de Bashar al-Assad, pertencente à minoria alauita, uma ala do xiismo, deixou mais de 70.000 mortos em pouco mais de dois anos.
No Iraque, a violência religiosa entre sunitas e xiitas, que teve o pior momento em 2006 e 2007, matou dezenas de milhares de pessoas.
Esta semana, 215 pessoas morreram em uma nova onda de violência. "O sectarismo é ruim e o vento do sectarismo não precisa de uma autorização para passar de um país ao outro, porque se começa em um lugar vai se deslocar a outro lugar", disse o primeiro-ministro. "A luta bate à porta de todos e ninguém sobreviverá se entrar, porque há um vento por trás, e dinheiro e planos", completou Maliki, dois dias depois de advertir para o risco de retorno da "guerra civil religiosa".
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A onda de violência começou na terça-feira em Huweijah (norte), quando a polícia atuou contra um protesto sunita, um confronto que deixou 53 mortos.
[SAIBAMAIS]Há quatro meses os manifestantes sunitas exigem a renúncia de Maliki, um xiita, maioria no país, acusado de centralizar o poder e marginalizar os sunitas. Os distúrbios posteriores, muitos deles aparentemente relacionados com os confrontos de Huweijah, deixaram dezenas de mortos e neste sábado o número de vítimas fatais alcançou 215.
Também neste sábado, o comandante da milícia Sahwa no Iraque, inimiga da Al-Qaeda, ameaçou neste sábado uma guerra contra os militantes se estes não entregarem em 24 horas os homens que mataram cinco soldados iraquianos e cinco membros da milícia "Se os responsáveis não forem entregues, os Sahwa aplicarão os procedimentos necessários e farão o que fizeram em 2006", afirmou o xeque Wissam al-Hardan.
Em 2006, os milicianos Sahwa combateram com extrema violência os militantes sunitas, em apoio ao governo.
Cinco oficiais dos serviços de inteligência militar morreram em um ataque ao oeste de Bagdá e cinco milicianos que combate a Al-Qaeda foram assassinados a tiros ao norte da capital iraquiana neste sábado.
Soldados seguiam em um veículo para a área de um protesto contra o governo quando foram atacados por homens armados.
Os militares abriram fogo, um confronto teve início e quatro soldados morreram e outro ficou ferido, segundo fontes oficiais.
Homens armados também mataram um soldado e feriram outro em um incidente similar com outra viatura na mesma região.
Outro ataque matou cinco integrantes da milícia Sahwa, rival da Al-Qaeda, em um posto de controle ao sul de Tikrit, que fica ao norte de Bagdá.
Na sexta-feira, o clérigo xiita Hamed al-Kubaisi pediu em um sermão a criação de um exército para defender os sunitas.
As forças de segurança curdas foram mobilizadas ao redor da cidade de Kirkuk (norte do Iraque), visivelmente para combater os insurgentes em um clima de extrema violência. "Após consultas com o governador de Kirkuk, decidimos que os Peshmerga (combatentes armados curdos) devem garantir a segurança, em particular ao redor da cidade de Kirkuk", declarou Jabbar Yawar, secretário-geral do ministério dos Peshmerga no Curdistão autônomo.