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Netanyahu ordena que ministros se abstenham de falar sobre a Síria

Um funcionário dos serviços de inteligência militar israelense havia acusado na terça-feira (23/4) o regime de Bashar al-Assad de utilizar armas químicas em sua guerra contra os rebeldes

Agência France-Presse
postado em 28/04/2013 10:23
Jerusalem - O chefe do governo israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou que seus ministros não se expressem em público sobre a Síria para não dar a impressão de que Israel pressiona a comunidade internacional a intervir neste país, indicou neste domingo (28/4) a rádio militar.



Netanyahu deu esta instrução após as declarações do vice-ministro das Relações Exteriores, Zeev Elkin, que na sexta-feira exigiu uma ação militar da comunidade internacional para "tomar o controle dos arsenais químicos sírios".

[SAIBAMAIS]Segundo a rádio, Netanyahu quer evitar que as palavras sejam interpretadas como uma pressão de Israel para forçar os Estados Unidos a lançar uma operação na Síria.

A comentarista política da rádio militar admitiu, no entanto, que "as vacilações norte-americanas destes últimos dias no dossiê sírio provocam inquietação em Israel".

"Se Barack Obama (o presidente americano) não respeita as linhas vermelhas que ele mesmo traçou e não intervém quando Bashar al-Assad (o presidente sírio) utiliza armas químicas contra civis, Washington está enviando sinais errôneos de debilidade que posteriormente podem lhe custar caro na Síria, mas também na questão nuclear iraniana", acrescenta a comentarista.

O secretário americano de defesa, Chuck Hagel, declarou na quinta-feira que os serviços de inteligência americanos concluíram "com graus diversos de certeza que o regime sírio utilizou armas químicas em pequena escala na Síria, em particular gás sarin".

Um funcionário dos serviços de inteligência militar israelense havia acusado na terça-feira o regime de Bashar al-Assad de utilizar armas químicas em sua guerra contra os rebeldes.

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