Agência France-Presse
postado em 28/04/2013 12:00
Roma - Enrico Letta, o subsecretário do Partido Democrático (esquerda) que tomou posse neste domingo à frente do novo governo da Itália, é considerado o menino prodígio da política italiana, com uma longa experiência nos últimos governos de centro-esquerda.[SAIBAMAIS]Letta, de 46 anos, provém da finada Democracia Cristã, foi três vezes ministro e é, acima de tudo, uma das personalidades mais jovens do panorama italiano.
De origem toscana, nascido em Pisa no dia 20 de agosto de 1966, Letta conta com uma boa experiência na gestão de um Executivo não apenas como ministro, mas também por ter sido subsecretário de Estado durante o governo de centro-esquerda de Romano Prodi (2006-2008).
De 2009 a 2013 foi subsecretário do maior grupo de esquerda do país, o PD, partido vencedor parcial das eleições legislativas do fim de fevereiro. É conhecido por sua prudência e por manter boas relações com todos os grupos políticos.
Formado em Ciência Política na Universidade de Pisa, especializado em Direito da Comunidade Europeia, foi presidente dos jovens democrata-cristãos europeus de 1991 a 1995, depois entrou no Partido Popular Italiano como vice-secretário e posteriormente chegou a ser responsável por economia do grupo moderado católico La Margarita.
Em 2004 se apresentou para o Parlamento Europeu com a coalizão de centro-esquerda El Olivo, antes de entrar em 2007 no PD.
Sobrinho de Gianni Letta, o homem de confiança do magnata das comunicações Silvio Berlusconi, representa os setores católicos de seu partido, à beira da implosão por suas divisões após a vitória parcial nas eleições do fim de fevereiro.
Seu eventual governo deverá gozar do apoio do partido do magnata, que adiantou que o maior grupo de direita que lidera, o Povo da Liberdade, lhe concederá a confiança no Parlamento.
Candidato para a direção do PD nas primárias de 2007, Letta perdeu para Walter Veltroni, ex-prefeito de Roma e líder histórico da esquerda.
Autor de vários livros, muito prudente diante das reformas, entre elas a do aborto e do casamento homossexual, é considerado um católico moderado.
Seu nome foi indicado pelo presidente da República, Giorgio Napolitano, com o objetivo de que montasse um governo formado por membros de todo o arco político.
Casado e pai de três filhos, em uma entrevista ao jornal Il Corriere della Sera confessou que seu personagem favorito é Dylan Dog, o herói das histórias italianas famoso pela "inteligência e amabilidade com as mulheres".